A Microsoft anunciou um programa a três anos dirigido a um milhão de estudantes norte-americanos de famílias de baixos rendimentos. A iniciativa é lançada numa altura em que o governo de Obama tem divulgado um conjunto de medidas de incentivo à economia e modernização do país em diversas áreas, nomeadamente na da educação.



O programa pretende garantir que os visados tenham acesso a "software, hardware e descontos na banda larga", permitindo a famílias que hoje não têm acesso à Internet a partir de casa, passar a ter as condições para desfrutar do serviço e eliminar a desvantagem competitiva que isso representa face aos colegas.



O anúncio também serve de mote à extensão do programa Shape the Future promovido pela fabricante e sobre o qual o TeK já tinha falado, que ao longo dos últimos cinco anos garantiu acesso à tecnologia a 10 milhões de estudantes, de acordo com dados da empresa.


Num comunicado no site, a Microsoft explica que a nova ronda do programa chegará ao terreno em iniciativas que contam com a colaboração de diversas entidades e detalha que estará envolvida na promoção de programas que levem tecnologia e recursos aos estudantes, a baixo custo.

Software educacional da Microsoft, formação, acesso à Internet e hardware equipado com Windows e otimizado para a educação são as quatro áreas chave da nova fase do programa.



Estima-se que nos Estados Unidos existam 9,5 milhões de estudantes info-excluídos no que se refere ao contexto fora da escola e isso tem um impacto quantificado na economia. De acordo com dados da Reserva Federal, estes alunos terminam o liceu com médias 6 a 8 por cento abaixo dos colegas que têm acesso a PC e à Internet também no ambiente familiar.



Um estudo recente realizado no país mostra ainda que a exclusão digital no universo estudantil tem um impacto anual negativo para a economia do país de 32 mil milhões de dólares.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico