A "suspensão" que foi aplicada ao programa e-escolinhas e à distribuição do Magalhães aos alunos do primeiro ciclo do ensino básico não se estende ao e-escola, destinado a alunos do segundo e terceiro ciclo do ensino básico e secundário, assim como aos professores e formandos do Novas Oportunidades.

A garantia foi dada por uma fonte do Ministério ao TeK, que admitiu que os códigos necessários não estão ainda a ser distribuídos mas que "é uma questão de dias". A mesma fonte garantiu que este é um programa a 3 anos e que por isso vai continuar.

Os operadores móveis estão ainda a aceitar os pedidos com a utilização de códigos distribuídos no ano passado aos alunos, e garantiram ao TeK o seu empenho do programa, com a renovação de propostas para o novo ano lectivo.

A TMN, que neste momento só tem online um portátil disponível para o e-escolas, um Acer, reduzindo o leque face ao início do mês, adiantou que vai ter em breve novos computadores, incluindo um modelo Insys com Linux. Não está confirmada ainda a data em que os novos modelos serão disponibilizados online mas a empresa admite que é provável que isso aconteça na próxima semana.

A Optimus tem também vindo a reforçar a sua aposta no e-escola e é actualmente a operadora com uma oferta mais alargada, que inclui 4 equipamentos, mas que promete continuar a actualizar. A HP, Toshiba, Acer e Dell têm-se mantido fielmente nas escolhas da operadora, mas com propostas diferenciadas, em relação à capacidade de memória, ligação HDMI e Bluetooth e até a uma opção mais ecológica, o Satellite L500 da Toshiba que consome menos energia.

Do lado da Vodafone a garantia também é de manutenção do programa mas a operadora mantém, como desde o início, uma postura discreta, actualmente com apenas um modelo Toshiba na sua oferta.

Segundo os últimos números divulgados, foram já entregues perto de 1 milhão de computadores portáteis a alunos, professores e formandos do Novas Oportunidades, entre o programa e-escolas e e-escolinhas.

Esta semana voltou à discussão a distribuição do Magalhães e, apesar do Ministério da Educação garantir que o e-escolinhas não está suspenso, admitiu que a continuidade do programa está nas mãos do Governo que sairá das eleições legislativas de Domingo.

Num debate organizado pela APDSI na semana passada os representantes dos vários partidos já tinham verbalizado o seu apoio à continuidade do e-escolinhas, embora não garantissem que isso aconteceria nos mesmos moldes em que está a ser feito e exigissem a clarificação de algumas das questões relacionadas sobretudo com o modelo de financiamento e de escolha do hardware.

Fátima Caçador