A coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista estão de acordo no que se refere à necessidade de aproveitar a próxima legislatura para fazer algumas alterações na área da educação, sobretudo no que se refere às TIC.

Ambos os programas referem a intenção de introduzir a programação de software no currículo das escolas durante o ensino obrigatório. A ideia não é nova e tem sido sugerida com insistência por vários especialistas, até como forma de promover o interesse pelas áreas da engenharia.

O próprio Ministério da Educação tem apoiado e promovido pilotos nesta área, como a iniciativa de Iniciação à Programação no 1.º Ciclo do Ensino Básico, um programa de adesão voluntária que se estreia este ano letivo. 

Na área das TIC a coligação PAF ainda refere a intenção de incentivar o uso de soluções escolares digitais desde os primeiros anos de cada ciclo e a substituição progressiva dos manuais em papel por conteúdos digitais.

O PS é menos incisivo na forma como aborda o tema dos conteúdos digitais, mas também assinala a intenção de pôr no terreno “uma estratégia de recursos digitais educativos”, que promova a utilização de conteúdos digitais e defende que essa estratégia deve ser definida em coordenação com comunidades de prática, envolvendo autores, produtores, professores, alunos e pais.

O partido liderado por António Costa defende abertamente a intenção de rever a disciplina TIC e também quer promover o uso das TIC nas escolas “desde cedo”. 

A desmaterialização de mais serviços educativos também tem espaço nas promessas da campanha. É um dos pontos focados no programa da coligação PSD/CDS que, se voltar a ser Governo, quer eliminar o papel na emissão de diplomas e certificados de habilitações digitais e criar um sistema integrado de gestão de alunos, onde vão caber a matrícula eletrónica e o registo individual do aluno. 

Pode saber mais sobre as propostas dos partidos para a área das Tecnologias da Informação e Comunicação neste artigo: O que vai mudar na tecnologia com o próximo Governo? Veja as propostas dos partidos

 

Cristina A. Ferreira