Provas e exames nacionais passam para formato digital até 2025

A transferência será gradual e os primeiros testes começam já este ano nas provas de aferição dos alunos do 2º, 5º e 8º anos, mas para já em modo piloto, só com algumas escolas abrangidas.

Elaborar regras é fundamental e, além de ter em conta as necessidades da sua família, é importante que envolva os seus filhos no processo. Deverá explicar os mais novos as suas expetativas, por exemplo, em relação ao tempo que passam online, assim como o que acontece quando não respeitam os limites definidos. Note também que, para lá do tempo passado em atividades relacionadas com a escola, as crianças também devem ter tempo para atividades sociais e de lazer online.

Arranca já este ano a transferência para o formato digital de provas e exames de avaliação no sistema de ensino, uma medida apoiada por um financiamento de 12 milhões de euros, suportados pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

A introdução do suporte digital será gradual e vai avançar através de projetos-piloto. Este ano letivo começa por abranger as provas de aferição do 2º, 5º e 8º anos, no próximo mês de junho. As escolas do piloto estão ainda a ser selecionadas.

No próximo ano todas as provas de aferição já serão feitas num computador, exceção para as disciplinas de Expressão Artística e Educação Física e o formato começa a ser testado nas provas do 9ºano. Em 2023, estende-se a todos os alunos do 9º ano e arranca a fase de testes para os alunos do secundário (11º e 12º anos), que um ano depois já devem fazer todos os exames desta forma, segundo o Jornal de Notícias.

O projeto DAVE- Desmaterialização da Avaliação Externa é coordenado pelo IAVE - Instituto de Avaliação Educativa, que já tinha feito algumas experiências nesta área com grupos restritos de alunos, adiantou o organismo em declarações à Lusa.

A primeira prova de aferição em formato digital foi realizada em 2018, num exame de matemática do 8.º ano, que ficou disponível em formato duplo, papel e digital, para 2.500 alunos em todo o país.

À agência, o IAVE também sublinhou que esta não é "uma mera transposição para o suporte digital de metodologias, didáticas e técnicas de avaliação analógicas e tradicionais, mas uma mudança de paradigma", já que o projeto visa "integrar e desmaterializar todos os procedimentos inerentes ao processo de avaliação externa das aprendizagens, desde o processo organizativo e logístico, até aos processos de elaboração das provas, da sua aplicação e classificação".