O próximo processador Itanium, um chip para servidores da Intel, deverá funcionar a 1,5
GHz, o que significa um aumento de 50 por cento em relação ao seu antecessor,
revelou a C|NET. Identificado
pelo nome de código Madinson, o novo modelo é semelhante ao Itanium 2 "McKinley", embora seja composto por circuitos
mais pequenos, o que possibilita um processamento mais rápido e uma maior
capacidade de memória cache de alta velocidade.

A linha de processadores Itanium, desenvolvida em colaboração com a Hewlett-Packard, emprega um
design de 64 bits que permite acomodar as enormes quantidades de
memória necessárias para grandes bases de dados. Outras funcionalidades desta
linha oferecem protecção contra erros de transferência de dados e tornam o
chip mais adequado a grandes servidores que incorporam vários
processadores.

Os processadores Pentium e Xeon, baseados em designs de 32 bits, tem um limite
muito mais pequeno de memória, situado nos 4 GB. A AMD, cujos chips são
compatíveis com a linha Pentium decidiu adoptar uma estratégia diferente de
design, encontrando-se a desenvolver um chip chamado Opteron que
possui extensões de 64 bits mas que pode correr à mesma todo o software
escrito para 32 bits. Este processador deverá começar a ser comercializado em
meados de 2003.

O Madison, cuja versão final deverá estar pronta no Verão de 2003 terá um
tamanho de 374 milímetros quadrados, irá consumir um máximo de 130
watts e terá 410 milhões de transístores, os elementos básicos em que
os chips se baseiam. Até agora, a Intel tinha apenas afirmado que o
processador teria cerca de 500 mil milhões de transístores. Em comparação, o
tamanho do Itanium 2 era de 421 milímetros quadrados.

Com o aumento da velocidade de relógio e a passagem da memória cache de 3 para
6 MB relativamente ao Itanium 2, a Intel espera que o desempenho geral do
servidor cresça cerca de 50 por cento, sendo que é previsto que os custos
totais de cada unidade permaneçam os mesmos.

Devido ao facto de se destinarem a uma arquitectura mais complexa, os
chips para servidores são maiores e possuem mais funcionalidades. Por
isso não correm tão depressa como os modelos destinados aos PCs
desktop, embora processem mais tarefas por cada ciclo. Os
processadores Itanium, por exemplo, podem executar seis instruções por ciclo
de relógio. Por seu lado, os Pentium apenas conseguem efectuar uma ou duas
instruções durante o mesmo período.

A terceira geração do Itanium e a que se vai seguir a ela, conhecida por
Montecito, poderá ser inserida directamente em servidores baseados no Itanium
2. Isto facilita a construção de máquinas que não correm o risco de ficarem
obsoletas num prazo de um ano. Por outro lado, os novos chips não vão
consumir tanta energia como o Itanium 2.

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