Os resultados da Comissão de Inquérito só deverão ser conhecidos em Maio, mas o PSD considera que já se pode concluir que o primeiro-ministro mentiu ao Parlamento quando afirmou que o processo em torno do Magalhães e do programa e-escolinha foi transparente.

Em declarações à TSF, os sociais-democratas acusam José Sócrates de ter mentido e consideram que a chegada do portátil da JP Sá Couto às escolas "foi tudo menos transparente".

A Comissão Parlamentar de Inquérito está a investigar, entre outras questões, o facto da produção e comercialização do computador ter sido entregue à JP Sá Couto sem concurso público, sendo que há vários intervenientes no processo que ainda não foram ouvidos.

As conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito ao computador Magalhães devem ser conhecidas durante o próximo mês de Maio.

Os últimos desenvolvimentos davam conta de um pedido de esclarecimentos por parte do Bloco de Esquerda (BE), que queria conhecer a lista e os valores das iniciativas das operadoras de telecomunicações (TMN, Vodafone e Optimus) validadas no âmbito das contrapartidas das licenças dos serviços móveis de terceira geração, depois de terem sido avançados valores diferentes.

O PSD, por sua vez, tinha também em avaliação, na mesma Comissão de Inquérito, um pedido solicitando nova documentação.

Já durante a tarde desta segunda-feira será ouvido o presidente executivo da Sonaecom. Angelo Paupério vai ser o primeiro dos responsáveis das três operadoras móveis que esta semana vão prestar esclarecimentos aos deputados da comissão de inquérito à fundação que gere os programas e-escola e e-escolinha.

Seguem-se os presidentes da Portugal Telecom e da Vodafone. Nesta semana será também ouvida a ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

Recorde-se que estão em análise as respostas ao concurso para o fornecimento de portáteis à segunda fase do e-escolinha. Depois de algumas desistências, o concurso terminou com cinco propostas: da JP Sá Couto, Prológica Sistemas Informáticos, Prológica Solutions e dos consórcios Inforlândia/Insys e Bechtle Direct/ACER.