Está aberta a guerra (amigável) entre os serviços de segurança britânicos e norte-americanos. David Cameron partiu esta quinta-feira para terras do tio Sam para discutir medidas que melhorem a privacidade cibernética dos dois países, tendo ambos acordado uma série de ataques planeados às principais instituições nacionais, com o objetivo de descobrir falhas de segurança.



As agências de segurança National Security Agency (NSA) e FBI, dos EUA, e GCHQ e MI5, do Reino Unido, irão trabalhar lado a lado para reforçar a segurança informática. Os primeiros alvos de ataque serão a cidade de Londres e Wall Street, dois dos locais com um maior fluxo financeiro em ambos os países. De acordo com algumas opiniões, é para aí que estará a caminhar o crime online.



As agências vão criar uma “ciber-célula”, a operar nos dois lados do Atlântico, e partilhar os relatórios com possíveis melhorias a serem aplicadas nos dois sistemas, de acordo com informações da BBC. Estes ataques terão o apoio de várias instituições financeiras, como o Banco de Londres, e pretendem também testar outros serviços nacionais num futuro próximo.



Um problema cada vez mais problemático


David Cameron está desde esta quinta-feira nos EUA em conversações com Barack Obama para discutir as medidas de segurança informáticas, ou a falta delas. Esta semana, o primeiro-ministro britânico já havia proferido declarações contra os serviços de mensagens encriptadas, como o Snapchat e o WhatsApp, e a sua possível proibição em território nacional.



Devemos permitir formas de comunicação que simplesmente não podemos ler? Não, não devemos”, disse Cameron.



Em cima da mesa está também um pedido por parte de Cameron dirigido a Obama para que este imponha a algumas gigantes tecnológicas, como o Facebook e a Google, a partilha de informações com as forças de autoridade para combater o terrorismo online.



Recorde-se que o líder máximo do governo norte-americano irá entregar na próxima semana um documento com novas medidas de combate à insegurança na Internet.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico