A redução de vendas global no mercado de PC não poupou os resultados da Intel, que no quarto trimestre apresentou uma quebra de lucros de 27%, em linha com as expectativas dos analistas. A gigante de semicondutores admite que esta quebra já era esperada e Paul Otellini, presidente e CEO da empresa que este ano abandona o posto, reafirma a aposta na reinvenção dos PCs e no mercado de smartphones e tablets.

De acordo com os resultados apresentados ontem ao mercado, os lucros da Intel cifraram-se em 2,47 mil milhões de dólares, face aos 3,36 registados no mesmo período de 2011. As receitas caíram 3%, de 13,89 mil milhões para 13,5 mil milhões mas ficaram em linha com as estimativas que tinham sido avançadas em outubro. Outro sinal preocupante para a empresa é a redução da margem bruta de 64,5% para os 58%.

A maior quebra foi sentida na área de PCs, cujas receitas baixaram em 6%, mas a empresa espera que o esforço que está a colocar na reinvenção dos PCs, sobretudo através dos ultrabooks, venha a compensar a curto prazo. Paul Otellini revelou que nos últimos 12 meses o número de modelos disponíveis aumentou para 140, garantindo a aposta de várias marcas ao conceito.

A estratégia na área dos tablets, sustentada no processador Clover Trail está também a avançar e o CEO da Intel garantiu que hé 10 modelos a chegar às loja, com mais prometidos nos próximos meses.

Nos telemóveis, e depois de vários adiamentos, a Intel conta também com sete modelos a serem comercializados em 20 países. Nesta área a Intel garantiu a parceria da Motorola, Orange, ZTE e Lenovo.

Mesmo assim a Intel estima que as receitas do primeiro trimestre de 2013 se situem entre os 12,2 mil milhões e os 13,2 mil milhões, num período habitualmente mais fraco nas vendas de equipamentos eletrónicos. Na antevisão do ano que agora se inicia a expectativa é de crescimento, mas baixo, não ultrapassando os 10%.

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