Durante dois dias, prestadores de serviços no setor energético, operadores de comunicações eletrónicas, reguladores e outras entidades vão lidar com um cenário de crise energética em mais um Exercício Nacional de Cibersegurança (ExNCS’24), organizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
Integrada no CyberEurope 2024, da ENISA, a iniciativa vai permitir testar os procedimentos a tomar pelos participantes, nomeadamente do ponto de vista técnico, da comunicação interna e externa, os planos de continuidade de negócio que permitem lidar com incidentes e crises e ainda a aplicação do Regime Jurídico de Segurança do Ciberespaço.
“O objetivo é fomentar a confiança entre atores do ecossistema nacional e europeu de cibersegurança”, sublinha o CNCS em comunicado enviado às redações. A escolha do sector da Energia para o ExNCS’24 e CyberEurope’24 está relacionada com a sua importância para o bem-estar dos cidadãos e restantes setores de atividade económica, acrescenta.
“Sendo as infraestruturas energéticas críticas para as economias modernas, e verificando-se um aumento dos ciberataques às infraestruturas de energia e mercadorias desde 2017, tendo atingido um número recorde em 2022, pretende-se, com esta ação realizada à escala europeia, promover o treino e a qualificação de entidades para prevenção e reação a incidentes de cibersegurança, bem como a formação de uma comunidade de conhecimento e de uma cultura de cibersegurança”.
Recorde-se que o CNCS tem participado, ao longo dos últimos anos, nas várias edições dos exercícios Cyber Europe, NATO Cyber Defence Exercise, Cyber Coalition, Cyber Perseu e Cyber SOPEx. Esta é a quinta edição do Exercício Nacional de Cibersegurança (ExNCS), organizado pelo CNCS, “com o objetivo de contribuir para o treino e desenvolvimento das capacidades de cibersegurança dos diversos atores envolvidos”.
Enquanto coordenador operacional e autoridade nacional de cibersegurança, o CNCS tem vindo a organizar vários exercícios nesta matéria junto do Estado, operadores de infraestruturas críticas nacionais, operadores de serviços essenciais e prestadores de serviços digitais.
Um dos mais recentes contou com a participação de mais de 270 câmaras municipais, com quase 1.000 pessoas a trabalharem em rede para aumentar a capacidade de resiliência das autarquias.
Além de analisar o grau de maturidade dos municípios, o ExNCS’23 teve como objetivo testar a sua capacidade de resposta a incidentes e proficiência na aplicação do Regime Jurídico de Segurança do Ciberespaço.
No passado mês de abril, o CNCS realizou a primeira edição do Exercício Internacional de Cibersegurança, em que também foi testada a resiliência do sector da Energia. A iniciativa decorreu em cooperação com o Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Moçambique (INTIC), o Ministério da Economia Digital de Cabo Verde (MED) e o Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação de Cabo Verde (NOSi).
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