
O conceito de materiais com a capacidade de se autorrepararem não é de agora. Algumas fabricantes de smartphones já haviam apostado em sistemas em que as traseiras dos smartphones tinham a capacidade de autorregeneração, capazes de eliminar riscos da grossura de cabelos em apenas minutos, como acontecia com o LG G Flex. Mas os investigadores estão agora a trabalhar com materiais em forma de nanocristais, igualmente com propriedades autorregenerativas, que podem ser utilizados nos semicondutores.
Os nanocristais são utilizados, por norma, nos painéis solares, mas podem vir a ser utilizados em outras áreas da eletrónica. O objetivo é manter os componentes e materiais ativos, reparando-se, de forma a reduzir o desperdício eletrónico lançado no meio-ambiente. Em declarações à Lifewire, o investigador Jonathan Tian diz que os utilizadores vão poder reparar quebras dos seus circuitos, anteriormente inacessíveis, à mão. Acrescenta que antes, quando essas falhas ocorriam, o processador, ou mesmo todo o equipamento, era descartado.
O segredo parece estar no Perovskita, um mineral considerado relativamente raro, descoberto em 1839, que voltou a ser foco de atenção dos cientistas pelas suas propriedades únicas eletro-óticas. Estes minerais são altamente eficientes na conversão de energia, embora sejam muito dispendiosos de produzir, aplicados normalmente aos sistemas de painéis e células solares.
As nanopartículas do Perovskita produzidas em laboratório passam por um processo simples que passa por aquecer o material por alguns minutos, criando buracos na sua superfície. Os cientistas observaram que esses buracos se moviam livremente pela superfície dos nanocristais, mas evitavam as suas extremidades. Depois de analisar muitos vídeos com essa experiência, chegaram à conclusão que os buracos formados na superfície se moviam para dentro das áreas energeticamente estáveis.
Investigadores australianos demonstraram uma forma de ajudar plástico impresso em 3D a curar-se utilizando apenas luzes. O processo de impressão 3D utiliza um pó especial e uma resina líquida, que ajuda depois a reparar o material quando este se danifica. É referido que uma luz LED standard pode reparar plástico impresso em cerca de uma hora, dando-se uma reação química a respetiva fusão dos dois bocados partidos. E vão mais longe, afirmando que o processo de reparação do plástico os torna ainda mais fortes antes de terem sido danificados.
É referido que esta tecnologia pode ser utilizada nos locais que utilizam materiais de polímeros. E nestes casos, é possível fazer reparações, aumentando dessa forma a vida útil dos materiais, reduzindo o desperdício do plástico. Segundo o Lifewire, uma equipa de investigadores belgas está a trabalhar num sistema de garras robóticas autorreparáveis, construídas com polímeros. Este sistema é ideal para robots que trabalhem em locais suscetíveis de se danificarem com frequência.
No futuro, nas mais diversas utilizações, podem ser criados sistemas com a capacidade de detetar os danos, reportar os mesmos e ajustar as propriedades do material para ser curar ou mitigar as avarias para evitar falhas na operação.
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