Lançar um satélite no espaço é um dos maiores obstáculos que as startups e as empresas mais pequenas do sector enfrentam, mas a SpaceX quer facilitar o exercício a todos os players sem meios para o fazer. Esta semana, a gigante norte-americana anunciou o programa SmallSat Rideshare, que consiste num sistema de "boleias" para os aparelhos mais pequenos que estas empresas queiram colocar em órbita. O transporte é assegurado por foguetões Falcon 9, cujas descolagens serão calendarizadas com meses e anos de distância.

Estas "boleias", contudo, não serão tão baratas quanto aquelas que conseguimos com os amigos ou com uma empresa de transporte privado. A SpaceX está a cobrar 2,5 milhões de dólares pelo transporte de uma carga de até 150 quilogramas, marcada com mais de um ano de antecedência. Se a carga tiver um peso compreendido entre os 150 e os 300 kg, o custo sobre aos 4,5 milhões de dólares. Se a marcação for feita mais perto da data de lançamento, valor aumenta.

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Apesar de parecer um valor muito alto, a verdade é que a SpaceX cobra pelo menos 57 milhões para descolar um Falcon 9, o que nos pode dar uma ideia mais ampla dos preços que são praticados na indústria.

Outro dos problemas que este sistema supera é o dos atrasos. Anteriormente, as empresas mais pequenas estavam limitadas a lançar as suas cargas em missões maiores, contratadas por outras grandes empresas, como as operadoras de comunicações ou as tecnológicas. Agora, este sistema de "boleias" garante que os players mais pequenos não sofrem com os atrasos das restantes marcas. "Se estiveres pronto para descolar no dia que marcaste, a tua carga vai voar no dia que marcaste", promete a SpaceX.

Até à data, a empresa de Elon Musk já se comprometeu com três missões no âmbito do SmallSat Rideshare. A primeira realiza-se entre novembro de 2020 e março de 2021. A segunda vai acontecer no primeiro trimestre de 2022 e a terceira no primeiro de 2023.