O CEO da Microsoft considera que é preciso introduzir medidas urgentes de combate à pirataria sobretudo nos países emergentes e confessou que esta se tornou uma preocupação central da Microsoft.



Numa intervenção integrada num evento do Gartner Group, Steve Palmer considerou que uma das estratégias possíveis de combate à pirataria seria a descida do preço dos PCs, mas salientou que esta apenas teria efeito se fosse uma descida tão considerável que fizesse os preços caírem para cerca de 100 dólares, o que obrigaria a um esforço de engenharia para desenvolver máquinas mais simples.


No encontro dirigido a gestores e profissionais de TI o responsável admitiu que a pirataria atingiu uma dimensão considerável, sobretudo no que respeita ao segmento empresarial que sem recursos para adquirir versões legais de software vai ajudando a indústria ilegal a desenvolver-se. A nível dos utilizadores individuais a empresa acredita que o grande recurso passa pelos cibercafés e locais públicos que permitem o acesso à Internet e ao PC, principalmente em países como a Índia e China, cita a C|Net.



Face ao diagnóstico, Steve Balmer considera fundamental a tomada de medidas por parte dos governos locais como condição essencial para que outras medidas da iniciativa da indústria possam resultar.



Por parte da Microsoft são conhecidos os esforços para penetrar nestes mercados e combater o software pirata. A iniciativa mais recente e emblemática foi o lançamento do XP Starter Edition que é colocado em países asiáticos ou do leste da Europa com elevado potencial de desenvolvimento e nível de vida baixo, por acordo com os governos locais.



Relativamente a esta iniciativa Balmer aproveitou para desvalorizar os comentários que a relacionam com o aumento da concorrência Linux naqueles mercados, onde o preço elevado do software Microsoft é particularmente sentido.



O responsável sublinha que a penetração do Linux não é relevante em qualquer um desses países e relembra que uma parte significativa dos governos que haviam anunciado estar a estudar o sistema operativo aberto já tomaram decisões contra a implementação do mesmo.



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