O jogo Strikers Edge foi o grande vencedor da primeira edição dos Prémios PlayStation em Portugal. O título desenvolvido pelo estúdio Fun Punch Games e editado pelo B5 Studios conquistou não só o júri oficial do evento, como ainda levou para casa o prémio de melhor jogo para a imprensa especializada.

[caption][/caption]
Da esquerda para a direita: Tiago Franco e Filipe Caseirito, fundadores do estúdio Fun Punch Games

“Ficamos muito contentes. É espetacular ter o interesse de um gigante da indústria. E a imprensa é quem acaba por disseminar o jogo, é quem faz as análises”, disse em declarações ao TeK um dos dois elementos do Fun Punch Games, Filipe Caseirito.

O jogo Strikers Edge está a ser desenvolvido há um ano e meio pelos dois programadores que também trataram de toda a arte. Agora com o prémio que vão receber da PlayStation - dez mil euros e kits de desenvolvimento - o objetivo é acelerar a produção.

Strikers Edge consiste num jogo de luta ao estilo do 'Mata' que é praticado nas escolas. Cada uma das seis arenas está divida em duas partes, sendo que pode existir um total de oito jogadores em campo. O objetivo? Atirar objetos e armas contra o lado oposto até que haja uma equipa vencedora.

Agora a questão do financiamento até pode estar assegurada dentro do possível, mas a equipa não vai perder o norte. “Dez mil euros na ótica de um projeto deste tamanho não dá para grande coisa. Mesmo um jogo pequeno tem um orçamento grande”.

O duo - que fica completo com Tiago Franco - ainda não sabe se vai dedicar-se a tempo inteiro ao projeto, mas já tem certezas de que será necessária a colaboração de mais pessoas sobretudo na área do som e da programação.

“Se conseguirmos trabalhar a tempo inteiro o jogo leverá mais oito a nove meses até ficar terminado”, explicou Filipe Caseirito, adiantando ainda que atualmente 40% do jogo Strikers Edge está completo.

E se receber prémios e distinções é bom, receber a recetividade do grande público é ainda melhor. O jogo e o estúdio têm marcado presença em vários eventos e o resultado é quase sempre o mesmo: um amontoado de interessados.

“Do lado dos jogadores tem sido espetacular. É um jogo divertido e dinâmico mesmo para quem está a ver. E em todos os eventos é isso que acontece: pessoas em bicos de pés para verem”, adiantou o cofundador do título.

E para os que estão a apostar nos videojogos em Portugal, Filipe Caseirito partilhou parte da energia positiva que a Fun Punch Games tem sentido.

“O conselho é para que não desistam. Apesar de ser difícil em Portugal vão aparecendo oportunidades”. Perseverança é a palavra de ordem: “Quem gosta, gosta. Na indústria portuguesa ninguém tem vontade de parar”, concluiu.

Rui da Rocha Ferreira