O maior super-computador de Portugal, localizado no Laboratório de Computação Avançada da Universidade de Coimbra, vai estar ao serviço de mais de 30 projectos científicos de sete Universidades e centros de investigação portugueses. Os escolhidos fora as Universidades de Coimbra, Porto, Aveiro, Évora e Algarve, às quais se juntam o Instituto Tecnológico e Nuclear e o INESC.



A escolha destas entidades aconteceu depois do Milipeia ter gasto perto de 3,5 milhões de horas a calcular projectos científicos ligados às áreas da Física, Química, Bioquímica/Biofísica, Matemática, Engenharia Química e Engenharia Informática. No total, o tempo de utilização do CPU solicitado pelos concorrentes do concurso de atribuição de tempo no supercomputador Milipeia foi além das 5,6 milhões de horas.



A procura por um espaço no CPU do Milipeia leva a Universidade de Coimbra a designar o super-computador como "o ponto nevrálgico da maior estrutura nacional de computação avançada" e "um marco extremamente importante do desenvolvimento da computação avançada no nosso país, fundamental para o papel que Portugal deve desempenhar no futuro desenho desta comunidade em termos europeus".



A máquina tem um desempenho sustentado de mais de 1,6 teraFlops, o que representa 1,6 milhões de milhões de operações de vírgula flutuante por segundo. O Milipeia, que é suportado por software Sun Microsystems, tem 520 processadores e possui no total um sistema de 132 servidores Sun Fire x4100 baseados em AMD Opteron dual-core, quais 130 são nós de computação. Cada um dos nós tem 8GB de RAM, totalizando 1,04 terabytes de memória central. Para armazenar dados, o computador dispõe de um sistema de discos com 6 terabytes de memória.


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