Usando sensores sem fios, o consórcio europeu EMMON quer que os edifícios possam reagir de forma autónoma a variações climatéricas. O projecto é liderado pela Critical Software e pretende implementa a maior rede de sensores sem fios da Europa, contando com o co-financiamento da União Europeia.

Esta rede deverá permitir que os edifícios possam reagir a variações de temperatura, ou previsões de chuva, mas estende o seu alcance a outras áreas, como o controle de tráfego, com desvios por sinalização luminosa quando a concentração de Ozono atingir níveis perigosos. O objectivo é que algumas destas áreas deixem de depender de infra-estruturas físicas complexa e de custos elevados.

O consórcio já apresentou em Dezembro um protótipo funcional, o DEMMON1, que permitiu ter 303 pequenos sensores numa única sala e fornecer informação detalhada e em tempo-real sobre diversos parâmetros físicos (temperatura, humidade e luminosidade). "Com estas características de instalação, é a maior rede de sensores sem fios a nível Europeu (num único local) e foi integrada e demonstrada no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), na unidade de investigação CISTER, um dos principais parceiros científicos do projecto", explicou Délio Almeida, Coordenador do Projecto.

O próximo passo poderá passar pela implementação de uma rede de sensores de monitorização ambiental sem fios, de larga escala, numa cidade europeia. No futuro as potencialidades da tecnologia podem ser usadas na monitorização das estruturas dos edifícios, monitorização de data centers, bem como de pontes ou túneis, permitindo o lançamento automático de alertas no caso de degradação daquelas infra-estruturas.

Para além da Critical Software, estão envolvidas no projecto várias entidades portuguesas, entre as quais a CCDR-N (responsável pela monitorização ambiental na região norte de Portugal), Living PlanIT (responsável pela Smart City de Paredes), Living Lab Malta (Malta Smart City), Autoridade Florestal Nacional (AFN), Agência Nacional de Águas do Brasil (ANA) e a Associação Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Participam ainda no projecto várias universidades, como o Instituto Superior de Engenharia do Porto do Instituto Politécnico do Porto, Institutos de investigação e desenvolvimento e empresas. Em comunicado à imprensa o consórcio refere que está interessado em dialogar com outras instituições ou organizações, quer a nível nacional bem como internacional, sobretudo as que estejam interessadas em acolher o demonstrador final do EMMON e desempenhem o papel de utilizadores finais da tecnologia e da rede de monitorização de larga escala.

No vídeo que reproduzimos abaixo pode ver algumas das potencialidades deste projecto.

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