As redes energéticas inteligentes são uma das apostas com maior potencial de retorno no que respeita à redução da emissão de gases com efeito de estufa, revela um estudo recente sobre a Aplicação Intensiva das Tecnologias de Informação no Combate ao Aquecimento Global.

Trata-se de uma análise à escala global, conduzida pela IDC, de acordo com a qual será possível, até 2020, reduzir em 25 por cento os níveis de emissões de gases com efeito de estufa.

As estimativas avançadas têm como termo de comparação os níveis de emissões de CO2 registados em 2006 e baseiam-se no impacto, nos países do G20, da implementação de 17 tecnologias nas quatro áreas de actividade que demonstraram o maior potencial para reduções significativas: a Distribuição e Geração de Energia, a Construção, os Transportes e a Indústria.

Segundo as contas da IDC, a estratégia seria capaz de, nos próximos dez anos, "suprimir a emissão de 5,8 mil milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera", lê-se no comunicado da consultora.

De acordo com a mesma fonte, a área da Energia mostrou ser aquela onde a aplicação das TI pode ter um impacto mais substancial, através da implementação de smart grids, que optimizem a utilização de energias renováveis.

Nos restantes sectores, as principais apostas passam pelos edifícios inteligentes, cadeias logísticas optimizadas e a gestão inteligente de máquinas industriais.

"A própria indústria das TI deverá dar o seu contributo através do aumento da eficiência energética de infra-estruturas informáticas (como os centros de dados) e de comunicações, e de uma abordagem mais consistente às questões da reciclagem, gestão de resíduos e reaproveitamento de equipamentos existentes", concluíram os especialistas.