Trend Micro reporta primeiro vírus para telemóvel que se propaga ao PC

23 set 2005 16:53

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A Trend Micro garante ter identificado o primeiro vírus para telemóvel com capacidade para contaminar o Windows, caso o cartão de memória infectado seja inserido no PC. A empresa reconhece no entanto que a capacidade de propagação é diminuta.

Um novo vírus para telemóveis foi identificado pela Trend Micro, que alerta para a evolução e sofisticação das técnicas utilizadas para criar ameaças informáticas dirigidas aos equipamentos móveis. Segundo a empresa, este é o primeiro vírus a pôr na prática um receio que os seus laboratórios vinham manifestando, já que apresenta a capacidade de contaminar também o sistema operativo do PC, nesta caso o Windows.

O código foi identificado como SYMBOS_CARDTRP.A. Afecta equipamentos que correm a Serie 60 da plataforma Symbian e pode chegar ao PC quando o utilizar introduz o cartão de memória do equipamento móvel no computador, instalando quatro ficheiros na directoria E.

De acordo com um comunicado, os equipamentos móveis podem ser infectados por este código através de bluetooth ou MMs, ou via Internet através do download do ficheiro. A propagação para outros equipamentos é, como nos anteriores vírus móveis detectados, feita via bluetooth o que torna vulneráveis os equipamentos num raio de 10 metros. A consequência é o funcionamento deficiente das aplicações.

No PC a instalação do ficheiro BKDR_BERBEW.Q tem como objectivo roubar informações de passwords, o buburuz.ICO permite a dissimulação como ficheiro ícone do cartão de memória e o autorun.inf executa automaticamente o ficheiro fsb.exe SYSTEM.exe que a empresa catalogou como WORM_WUKILL.B.

Como precauções a empresa de segurança recomenda que os utilizadores não aceitem nenhuma aplicação não solicitada, como SMSs de contactos desconhecidos, e que realizem downloads de aplicações apenas em sites seguros, isto embora admita que a capacidade de propagação seja muito baixa.

O aviso da Trend Micro tem merecido alguma contestação da indústria, sobretudo da empresa de segurança Sophos que diz não ter nota deste ataque e considera desnecessária a divulgação de ameaças pouco relevantes, já que isso contribui para a banalização do assunto e para desviar a atenção dos utilizadores das ameaças que são realmente graves, cita a C|Net.