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Unidade de computadores pessoais da IBM pode estar à venda

3 dez 2004 15:48

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O New York Times avança a notícia de que a IBM está a negociar a venda da sua unidade de PCs, uma informação não confirmada pela empresa. Entre os interessados estará o fabricante chinês Lenovo que deverá desembolsar entre 1 a 2 mil milhões de dólares.

A unidade de PCs da IBM que ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, poderá estar à venda, segundo uma notícia avançada hoje pelo The New York Times, que não mereceu qualquer comentário oficial da companhia.

O jornal dá conta de que existem negociações com pelo menos duas empresas, entre elas a chinesa Lenovo que controla mais de um quarto do mercado local. Sobre a fabricante sabe-se que tem intenções de crescer fora do mercado asiático pela via das aquisições, de acordo com declarações anteriores dos seus responsáveis.

Nesta ocasião a Lenovo disse mesmo que não teria problemas a nível de financiamento quando decidisse levar por diante a sua estratégia de expansão, cita a Reuters.

Fontes próximas do processo, que terão avançado a informação ao jornal americano, estimam que a operação possa render entre 1 e 2 mil milhões de dólares já que incluirá a área de desktops, laptops e notebooks.

De sublinhar que a unidade de PCs tem um peso de 12 por cento no total de negócios da IBM, que acumula uma quota de 5,6 por cento do mercado, de acordo com os últimos dados do Gartner Group, atrás da HP com 15 por cento e da Dell com 16,8 por cento.

Sobre a arrumação de lugares no ranking mundial, um analista da Gartner escreveu também recentemente que as divisões de PCs da HP e da IBM se tornam vulneráveis a um spin off se as restantes unidades de negócio de cada uma das companhias apresentar margens sistematicamente mais elevadas, cita a C|Net.

Desde que ocupou a liderança da empresa, a estratégia de Sam Palmisano segue na mesma linha e desde essa altura a política de alienar os activos menos rentáveis tem-se mantido, contrapondo com a aposta nos serviços e nos servidores.

Desde 2002 a Big Blue desfez-se da unidade de óptica e mais tarde fez o mesmo em relação ao negócio dos discos rígidos. Mesmo no que respeita à unidade de PCs o grupo mantém apenas no seu controle o desenho e desenvolvimento de produto. As fábricas concentradas na Europa e Estados Unidos foram vendidas em 2002 e a produção é agora entregue por contrato a entidades externas.