Embora tenha abrandado acentuadamente na segunda metade deste ano, o
mercado mundial de processadores deverá registar um crescimento de 23,4 por cento em vendas, para os 218,5 mil milhões em 2004, revelam resultados preliminares apresentados ontem pela Gartner.



O declínio de vendas verificado nesta metade do ano ficou a dever-se, segundo a consultora, ao corte na produção promovido pelas fabricantes, com receio de que o excesso de produtos em stock levasse a um crash do mercado, como sucedeu em 2001.



Pelo 13º ano consecutivo, a Intel permanece líder em vendas no mercado que deverão atingir os 30,5 mil milhões de dólares, num crescimento de 12,6 por cento face ao volume registado em 2003. Na segunda posição, a Samsung Electronics registou um aumento de 48,9 por cento para 15,6 mil milhões de dólares. A empresa beneficiou das memórias DRAM usada nos computadores e nas memórias flash usadas nos telemóveis e câmaras digitais, salienta a Gartner.



A Texas Instruments subiu um lugar este ano, ocupando a terceira posição em 2004, com um crescimento de 31,1 por cento. A melhoria de 7,4 mil milhões para 9,7 mil milhões é atribuída à aposta nos chips de comunicação wireless e produtos de aplicação específica.



A região da Ásia-Pacífico foi aquela que registou a taxa de crescimento mais elevada de 2004, numa subida de 34,6 por cento face ao ano passado, seguida da Europa, Médio Oriente e África (19,8 por cento), América (16 por cento) e Japão (14,6 por cento).



A Gartner crê que o mercado mundial de processadores terá potencial para crescer de novo na segunda metade de 2005, embora as fabricantes continuem a mostrar-se cuidadosas na produção dos dispositivos ao longo do mesmo.



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