O ano que agora está prestes a findar tem vindo a
ser considerado pelos especialistas em segurança
informática como o mais perigoso, no que diz
respeito a vírus e aos seus "primos" que se
propagam a si próprios, os worms. Mas 2002
não augura um panorama melhor. Na opinião desses
mesmos especialistas, os vírus vão encontrar
formas inovadoras e mais malévolas de atacarem
sistemas informáticos, atingindo até,
provavelmente, dispositivos móveis como PDAs e
smart-phones.
A Symantec, empresa produtora de
software anti-vírus afirma que 2001 foi
marcado pelos vírus de "múltiplas ameaças", que
se caracterizam pelo facto de disporem de vários
modos de ataque. Um bom exemplo é o Nimda, que se
propaga através de emails, bem como
mediante páginas e servidores Web infectados.
Quanto mais forem os métodos de ataque, mais
rápidamente um vírus pode difundir-se.
Os utilizadores de computadores devem estar
preparados para assistirem ao surgimento de mais
vírus que os tentam enganar de forma a tomarem
uma determinada acção que irá executar um
determinado código malicioso, afirmou Vincent
Weafer, director-sénior do
Symantec, citado pela agência
Os programadores de vírus sabem que é fácil levar
as pessoas a abrir ficheiros anexos a mensagens
de correio electrónico. Basta escrever no corpo
do email que se tratam, por exemplo, de
imagens da tenista russa Anna Kournikova ou
intitulá-los de "Naked Wife" - esposa nua.
Um dos estratagemas empregues para propagar vírus
é levar os utilizadores a acreditar que ao
clicarem num ficheiro anexo, poderão participar
num inquérito sobre os acontecimentos actualmente
a decorrerem no Afeganistão. Outro método é o de
dar a entender que se trata de uma actualização
de um anti-vírus enviada por uma produtora de
software bem conhecida.
Contudo, o Code Red, o vírus que provocou mais
estragos durante 2001, não se propagou por email.
Provocando prejuízos no valor de 2,62 mil milhões
de dólares (3 mil milhões de euros ou 595 milhões
de contos) e infectando mais de 300 mil
computadores - de acordo com dados da
analisa o impacto económico dos vírus e de outras
ameaças à segurança informática -, explorou uma
vulnerabilidade bem conhecida que afecta os
servidores com o software Web Internet
Information Server da
A seguir ao Code Red, o vírus que provocou mais
prejuízos - mil milhões de dólares (1,13 mil
milhões de euros ou 227 milhões de contos)
previstos - foi o SirCam, um worm transmitido por
email que exporta documentos aleatórios
enviados a partir dos computadores infectados,
colocando a privacidade dos utilizadores em
risco.
De acordo com Vincent Gulloto, director de
investigação da
Associates, citado pela mesma agência, um dos
maiores métodos de difusão para o ano de 2002
poderá ser o envio de emails que incluem
endereços de sites da Web que, quando visitados,
transferem código malicioso para o computador da
vítima. Neste tipo de ataques, não é sequer
necessário abrir um ficheiro anexo. Tudo se
processa automaticamente.
Com a introdução da nova plataforma
PDAs e do smart-phone
possível ligar dispositivos móveis a computadores
de secretária para efectuar o download de
dados. Emails e informações financeiras
confidenciais tornam-se assim imediatamente mais
vulneráveis a roubos, bem como aos
mesmos vírus informáticos que infectam os PCs, de
acordo com a empresa finlandesa
Mas os especialistas em segurança informática
estão também bastante preocupados com os
scripts - código autoexecutável -
que são transferidos entre telemóveis através de
serviços de instant messaging. A Computer
Economics estima que até ao dia 18 de Dezembro,
as empresas dispenderam 12,3 mil milhões de
dólares (13,93 mil milhões de euros ou 2,8 mil
milhões de contos) de forma a eliminar os
estragos provocados pelos vírus ao longo de 2001.
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