O conceito de carro autónomo veio fixar-se de pedra e cal no mundo automóvel. Atualmente, é difícil encontrar uma marca que não esteja a desenvolver, pelo menos uma, viatura de condução autónoma.
Desta vez é a Volvo que nos traz mais informação acerca da sua primeira linha de viaturas que se conduzem a elas próprias. A empresa sueca revelou recentemente que vai começar a testar os seus carros de condução automática em Londres, durante o próximo ano.
A novidade de destaque é o facto de a fabricante automóvel pretende utilizar potenciais clientes e não técnicos, engenheiros ou outros responsáveis da marca. Com isto, a Volvo pretende reunir informação que lhes transmita as necessidades do mundo real e não de uma rotina simulada por condutores profissionais.
Até 2018, a empresa sueca pretende introduzir, através de uma lógica gradual, 100 destes carros nas estradas da capital inglesa. No próximo ano deverão levar às estradas pouco mais de uma dezena de viaturas semiautónomas.
Durante este programa de testes, a que a marca chama “Drive me London”, a extensão inglesa de um projeto iniciado em 2015 na cidade sueca de Gotemburgo, os objetivos principais serão três: melhorar as emissões de CO2 do carro, a sua capacidade de evitar o trânsito e, sobretudo, a segurança. Até 2020 a empresa pretende começar a comercializar estes modelos, altura em que a legislação sobre este segmento da indústria automóvel deverá estar consolidada.
Neste sentido, a Volvo também quer ter uma palavra a dizer. Para apressar a introdução dos carros autónomos nas estradas e a construção de leis adequadas e completas, a fabricante fechou uma parceria com a Google, a Lyft, a Ford e a Uber. A Self-Driving Coalition for Safer Streets deverá, num futuro próximo, propor um conjunto de regras transversais a toda a indústria automóvel de forma a padronizar o fabrico de automóveis autónomos e os seus sistemas. Estas empresas acreditam que, desta forma, será mais fácil enquadrar novas viaturas e softwares nas leis que os regulam até porque esta equipa pretende trabalhar em conjunto com legisladores de vários países. Um esforço conjunto que deverá sempre ter como principal foco a segurança e prevenção rodoviária.
“Quanto mais cedo os carros autónomos estiverem nas estradas, mais cedo iremos começar a salvar vidas,” disse o presidente da Volvo, Hakan Samuelsson. “A condução autónoma representa um salto em frente no que toca à segurança automóvel. Os carros da Volvo, como o novo XC90 e o S90, já ostentam funcionalidades que permitem ao carro manter-se numa via, travar por si próprio, conduzir no meio do trânsito e mais. A tecnologia para tornar estes carros totalmente autónomos já existe e agora a Volvo tem um lugar para testar isso.”
Neste momento, são vários os carros autónomos que circulam nas estradas e que reúnem informações em permanência para melhorar os sistemas que os constituem. Até à data, os resultados têm sido bastante positivos, com um número mínimo de acidentes e um número ainda menor de ocorrências originadas por falhas nos seu software.
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