A Microsoft divulgou
recentemente os resultados de um estudo patrocionado pela gigante do
software que conclui que o sistema operativo Windows 2000 tem um custo
de funcionamento e suporte geralmente mais barato para as empresas do que o
Linux. A empresa de Redmond tem vindo a estabelecer diversas políticas e iniciativas de combate ao crescimento da utilização de software livre na área de servidores.

Segundo o estudo, elaborado pela International Data Corp. (IDC), fazer funcionar um servidor
baseado em software concebido para a plataforma open-source
acaba por custar mais dinheiro às empresas do que fazê-lo com os programas
servidores escritos para o Windows. Isto deve-se ao facto de os custos com o pessoal envolvido
na manutenção de servidores Linux, que controlam redes de computadores,
ultrapassam em muito os benefícios de poder obter gratuitamente ou a custos
reduzidos o software, referem os analistas da
empresa de estudos de mercado.

O lançamento do estudo da IDC vem no seguimento da divulgação de um relatório
interno com origem na sede da empresa, em Redmond, no estado norte-americano
de Washington, em que se apelava a que a fabricante de software
parasse de denunciar o software open-source, como o Linux, e em vez
disso acentuasse os benefícios dos seus próprios produtos.

Ao contrário do software proprietário da Microsoft, qualquer pessoa
pode copiar e modificar livremente programas open-source baseados no
Linux, o que despertou um grande interesse em relação a este sistema
operativo junto das companhias que tentam diminuir as suas despesas em
Tecnologias da Informação.

Mas, o custo total de propriedade (Total Cost of Ownership - TCO) para
além da compra inicial do sistema operativo conduz a uma situação diferente:
"Os custos totais de um sistema servidor incluem o hardware,
software e suporte. O estudo analisou o custo de suporte de um sistema
operativo durante um período de tempo. A área com um maior custo está nos
recursos humanos", afirmou Al Gillen, analista da IDC, à agência Reuters.

Realizado em meados deste ano, o estudo inquiriu os gestores de Tecnologias da
Informação de 104 companhias norte-americanas em relação ao montante total gasto com servidores Linux e Windows. As máquinas baseadas no
Windows 2000 da Microsoft tiveram um custo inferior de propriedade e de
funcionamento quando usadas para redes, armazenamento e partilha de
ficheiros, impressão e segurança, ao passo que os computadores baseados no
Linux tiveram um custo inferior de funcionamento quando utilizadas no
alojamento de sites Web.

O relatório referiu que o Linux custa mais dado que são necessários mais
administradores de rede para manter em funcionamento um sistema baseado
nesta plataforma. A Forrester
Research
está também a realizar um inquérito semelhante, mas independente,
dos custos associados ao funcionamento de sistemas Linux e Windows 2000 em
empresas, que deverá ser publicado nos primeiros três meses de 2003.

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