Os utilizadores de Internet portugueses gastam em média 6,5 horas semanais ligados à rede geralmente para realizar pesquisas de informação ou por lazer, revela um estudo realizado pelo ISCTE.




A fase preliminar do documento apresentado num painel dedicado ao comércio electrónico no 14º Congresso da APDC, revela que 62 por cento dos utilizadores navegam entre uma e cinco horas semanais, enquanto 32,8 por cento admitem navegar mais de cinco horas por semana.




A maioria dos internautas usa os acessos profissionais para realizar as tarefas necessárias, embora os dados apontem para um perfil de utilizador com níveis médios ou elevados de formação e um rendimento médio de 850 euros.




No que respeita às compras online o ISCTE apurou que 800 mil utilizadores deverão já ter usado a net para adquirir bens sendo que no top de preferências se mantêm os CDs, livros e electrónica de consumo.




José Crespo de Carvalho do ISCTE sublinhou que as mulheres deverão ser os principais destinatários dos esforços de comunicação dos projectos online, uma vez que estas assumem lugar de decisoras nestas matérias.




A par com esta recomendação o responsável lembrou que a falta de confiança nos meios de pagamento continua a ser uma das principais condicionantes para o sucesso de comércio electrónico, apontando a Acreditação como forma de credibilizar os projectos.




Tendo em conta os resultados do estudo, que deverá conhecer uma versão final no próximo ano, José Carvalho considera que dificilmente Portugal absorverá projectos de comércio electrónico puros, sem suporte no mundo offline. Para a conclusão contribuem questões como a logística ou o perfil de utilização da Internet. Para o responsável o B2C manter-se-á como mais um canal a funcionar de forma simultânea com a oferta tradicional.




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