A Comissão Europeia tem vindo a alertar para a existência de barreiras no comércio electrónico dentro da Europa, onde se mantêm dificuldades que impedem a livre circulação de bens desejada. Um estudo hoje divulgado mostra que 60% das encomendas colocas online em lojas de outros países são recusadas.

Para esta análise foram colocadas mais de 11 mil encomendas de teste sobre 100 produtos considerados mais populares, como máquinas fotográficas, CDs, livros ou roupa.

Letónia, Bélgica, Roménia e Bulgária são os países onde os consumidores têm mais dificuldade de fazer compras além-fronteiras. Para além destes a situação não melhora muito e em apenas dois países as hipóteses das compras online serem bem sucedidas é superior a 50%.

De acordo com a análise, Portugal está entre os países que mais beneficiaria com a melhoria das condições, já que entre os produtos avaliados, os portugueses podiam encontrar mais variedade em lojas internacionais e preços mais baixos.

A complexidade das regras europeias ajuda a reforçar estas barreiras à livre circulação comercial e serve como forma de desincentivar as empresas a assumirem políticas de comércio electrónico válidas para toda a UE. O executivo pretende por isso tomar medidas de simplificação e redução da burocracia.

O mercado europeu de comércio electrónico foi avaliado em 106 mil milhões de euros em 2006. Segundo os dados da Comissão Europeia, a Internet é o canal de venda a retalho de crescimento mais rápido e em 2008 mais de metade dos retalhistas venderam produtos através da Internet.

O número de europeus que usa o comércio electrónico também tem vindo a crescer, chegando aos 33% em 2008, mais 6% do que em 2006. Mas os que se arriscam a comprar fora do país são menos, apenas 7%, assim como os comerciantes que assumem políticas globais, resumindo-se estes a 21%.