A consultora Deloitte considera que 90% das palavras-chave usadas atualmente e criadas pelos internautas são vulneráveis a ataques de hackers. Mesmo as passwords mais complexas e com maiores níveis de segurança estão em risco pela dificuldade que os utilizadores têm em memorizar o código.

A empresa de estudos de mercado alerta para as consequências negativas que muitas vezes estão associadas à perda de palavras-chave, sobretudo na área empresarial: prejuízos financeiros e perda de confiança na marca, assim como diminuição do tráfego online dos serviços de Internet. Em 2012 um dos casos mais marcantes de roubo de credenciais envolveu o LinkedIn que viu expostas mais de seis milhões de passwords.

O líder mundial da Deloitte para a área da tecnologia, Jolyon Barker, revelou ao The Telegraph que durante o ano de 2013 vão ser necessárias novas formas de proteção além das passwords. Uma das sugestões dadas passa pela "autenticação em dois níveis", onde o utilizador recebe no telemóvel senhas geradas por computador, que podem ser duradouras ou podem servir apenas para uma única autenticação.

Um dispositivo físico que através de ligação USB funcionasse como uma chave de casa para o computador ou autenticação através de características biométricas, como reconhecimento facial ou leitura de impressões digitais, foram outras alternativas apresentadas.

As páginas online ou os serviços que tenham um grande número de informações pretendidas são os que devem tomar medidas de precaução redobradas. O Facebook é um destes casos. A rede social criada por Mark Zuckerberg recebe por dia centenas de milhares de tentativas de acessos indevidos a contas de utilizador.

Mas o risco continua a vir principalmente dos utilizadores que protegem os dados pessoais online com palavras-chave como "password", "123456" ou "baseball", como apurou a SplashData em outubro do ano passado.


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