A decisão preliminar do júri do concurso público lançado pelo Ministério da Educação atribui novamente à Portugal Telecom o fornecimento de Internet em banda larga às escolas públicas dos ensinos básico e secundário.




Segundo o gabinete de comunicação do Plano Tecnológico da Educação, em declarações ao Jornal de Negócios "o projecto de relatório, elaborado pelo júri do concurso, identificou a proposta da PT como 'potencial adjudicatária'".




O concurso foi lançado em Fevereiro e, além da PT, contou com a candidatura de um consórcio formado pela Oni e Sonaecom, que ficou de fora por ter apresentado uma proposta com um preço acima do que estava definido no regulamento. A acção foi propositada, com a Oni e Sonae a pretenderem mostrar que era impossível responder ao preço exigido de 14,5 milhões de euros utilizando os troços de rede e as ofertas grossistas do operador histórico.




Recorde-se que o concurso foi contestado, desde início, pela Apritel e a Oni que consideraram que as especificações técnicas reduziam substancialmente a competitividade, eliminando mesmo a possibilidade de muitos dos operadores de telecomunicações concorrerem.




A Apritel chegava mesmo a alegar que a iniciativa foi feita para que só a Portugal Telecom tivesse capacidade para fornecer os acessos consoante as medidas estipuladas.




Este concurso público está integrado no Plano Tecnológico da Educação e tem como meta cobrir seis mil escolas com acessos de banda larga de 48 Mbps, ou seja, 10 vezes mais do que a velocidade média actualmente existente nas instituições de ensino básico e secundário.




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