Pelos números da Marktest existem 1,7 milhões de lares em Portugal Continental com ligação à Internet por banda larga. O valor corresponde a 48,6 por cento do universo de lares analisados e 94,8 por cento dos lares que têm acesso à Internet - aproximadamente 1,8 milhões de lares.

Observando os números anteriores percebe-se que a taxa de penetração da Internet de banda larga aumentou mais de 13 vezes nos últimos seis anos - dos 3,6 por cento para 48,6 por cento.

A maioria dos acessos é efectuada por ligações ADSL (30,9 por cento), enquanto que 13 por cento dos lares acedem por cabo e 8,4 por cento através de rede móvel.

No que se refere à taxa de penetração, a banda larga atinge maior incidência junto dos lares pertencentes à classe alta (94,2 por cento). Já nos agregados familiares da classe baixa a taxa de penetração fica-se pelos 14,1 por cento.

A variável referente à distribuição geográfica de acessos mostra que as regiões do Interior Norte e do Sul são os que apresentam menor número de casas com ligações de banda largam, contrariando o que se observa no resto do país.

Uma das conclusões da Marktest indica que a taxa de penetração da banda larga em lares portugueses é tanto maior quanto o número de pessoas que ali habitam - 28,2 por cento em casas com uma ou duas e 71,1 por cento dos que contam com mais de duas pessoas. O mesmo acontece nos lares com agregados familiares com idades médias mais baixas: é nos lares mais jovens que se observa maior taxa de penetração de banda larga: 77,1 por cento para idades médias inferiores a 30 anos e 76,2 para idades entre os 31 e 45 anos.

Os valores publicados pela Marktest diferem dos avançados pela Anacom no início deste mês. O regulador aponta para a existência de 1,6 milhões de utilizadores de banda larga em todo o território português, incluindo ilhas, ao contrário da empresa de estudos de mercado. A discrepância entre os valores deve-se ao facto de o Netpanel, estudo da Marktest responsável por estes números, ter resultados baseados em dados fornecidos pelos utilizadores que colaboram nas análises da empresa através de um software instalado nos seus equipamentos, enquanto que a Anacom tem acesso directos aos números dos fornecedores dos acessos à Internet em Portugal.