À medida que se tem vindo a fazer progresso no que toca ao desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, a Agência Europeia de Medicamentos (AEM) revelou que foi vítima de um ciberataque. A entidade responsável pela avaliação das vacinas, que está sediada em Amsterdão, indica que abriu imediatamente uma investigação ao sucedido, em estreita colaboração com a polícia holandesa.

No entanto, no seu comunicado, a agência não indicou se incidente afetou os testes em curso para dar autorização de comercialização das vacinas contra a COVID-19 desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer, BioNTech e Moderna, escusando-se a informações adicionais enquanto a investigação estiver em curso.

Recorde-se que, em novembro, a Microsoft detetou uma série de ciberataques a sete organizações farmacêuticas nos Estados Unidos, Canadá, França, Índia e Coreia do Sul que estão a desenvolver tratamentos e vacinas contra a COVID-19. De acordo com a empresa, a maioria das tentativas conseguiu ser travada, todas as organizações foram notificadas e foi oferecida ajuda às vítimas de ataques bem-sucedidos.

Hackers da Coreia do Norte e Rússia atacaram organizações que desenvolvem vacinas contra a COVID-19
Hackers da Coreia do Norte e Rússia atacaram organizações que desenvolvem vacinas contra a COVID-19
Ver artigo

A gigante tecnológica deu a conhecer que por trás dos ataques estavam dois grupos de hackers norte-coreanos, apelidados Zinc e Cerenium, assim como o grupo russo Strontium, também conhecido como APT28 ou Fancy Bear.

No que toca aos cibercriminosos norte-coreanos, o primeiro dos grupos é também conhecido como Lazarus Group: os hackers que poderão ser responsáveis pelo ransomware WannaCry.

Ainda em julho, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) acusou uma dupla de hackers chineses de intercetarem dados sobre o desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19. Já em maio, o FBI e a Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) afirmaram que hackers apoiados pelo governo chinês estavam a tentar roubar informação sobre investigações acerca da COVID-19 feitas por organizações norte-americanas.