Fazer de Edward Snowden um exemplo e vítima de um castigo exemplar ou fazer as pazes com o informático e tentar minimizar os danos provocados? Em termos minimalistas são estes os dois cenários que estão a ser ponderados por elementos da Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA).

O responsável pela investigação das fugas de informações, Richard Ledgett, disse durante o programa 60 Minutos da CBS que a questão da amnistia pode vir a ser ponderada. A nível pessoal Richard Ledgett concorda com esta solução para o escândalo de espionagem que foi desvendado.

O investigador diz que precisaria de garantias, garantias com alto grau de validade, para que o caso pudesse ser tratado de forma pacífica. Estima-se que Edward Snowden possa ter em sua posse cerca de um milhão e meio de documentos confidenciais.

A opção ganha alguma força já que Ledgett é apontado pela imprensa internacional como um dos fortes candidatos à posição de nº2 dentro da NSA. Mas do outro lado, o ainda líder da agência de inteligência, Keith Alexander, discorda da opção da amnistia.

O diretor da NSA deu o exemplo de um sequestrador que mata 20% dos seus reféns e consegue um perdão por não ter eliminado os outros 80%. "O que fazemos numa situação destas?", argumentou o dirigente em entrevista durante o mesmo programa.

Se Edward Snowden recebesse uma amnistia, Keith Alexander considera que o caso poderia funcionar como um incentivo para outras fugas de informação.

Atualmente o ex-consultor informático da CIA está na Rússia e ao longo das últimas semanas continuam a ser revelados detalhes dos programas de espionagem que aconteceram/acontecem um pouco por todo o mundo e que são encabeçados pelas agências dos EUA.


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