A Amnistia Internacional junta-se ao grupo de entidades que um pouco por todo o mundo têm criticado a postura das empresas de Internet americanas cooperantes com o governo chinês. Os alvos das críticas são a Yahoo, a Microsoft e a Google, que a organização acusa de desrespeitarem os direitos humanos ao compactuarem com as políticas chinesas que limitam a liberdade de expressão na Internet.
A AI pede que as empresas façam lobby e colaborem nos esforços para tentar libertar os cidadãos detidos, julgados e condenados pela justiça chinesa pela difusão online de conteúdos considerados proibidos. Às empresas é igualmente pedido que mostrem publicamente a sua oposição aos pedidos do governo chinês que violem direitos humanos e que revelem detalhes dos seus acordos com as autoridades chinesas.
A declaração solicita ainda que as empresas usem todos os mecanismos legais à sua disposição antes de cumprirem os pedidos do governo que possam afectar os direitos humanos, como sejam fornecer informação sobre contas de email.
"A Internet deve promover a liberdade de expressão, não restringi-la. Temos de lutar contra a criação de duas Internetes, uma para exprimir e outra para reprimir", defende Larry Cox, director executivo da AI nos Estados Unidos. O mesmo responsável considera que a postura das empresas de Internet em questão "vem violando os seus valores e políticas corporativas".
A Google e a Yahoo já reagiram dizendo que a sua presença no país é uma mais valia para o público. A Google acrescenta que vem procurando oferecer apenas serviços onde saiba que pode garantir a privacidade dos utilizadores.
Ainda recentemente também o Parlamento Europeu manifestou o seu desagregado com a cooperação de várias multinacionais com regimes opressores como a China, citando os nomes de várias empresas e pedindo aos governos e consumidores europeus que manifestem a sua discordância relativamente a esse tipo de postura.
A China é um apetecível mercado para empresas ocidentais com 123 milhões de utilizadores online.
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