Está por toda a Internet e é a notícia que está a marcar as últimas horas: a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos da América (SNA) tem, alegadamente, um programa secreto através do qual acede aos servidores das principais tecnológicas norte-americanas. As empresas Apple, Facebook e Google já vieram negar que o SNA tenha acesso aos dados dos utilizadores.

Segundo os relatos do The Guardian e do The Washigton Post, o NSA acede supostamente a registos de ligação, documentos, emails, imagens e vídeos que passam pelos servidores de nove empresas norte-americanas. Nas versões publicadas pelos jornais existe um fator que é diferenciador: o The Guardian afirma que os dados de utilizadores de todo o mundo são recolhidos, enquanto o The Washigton Post refere apenas que os dados de cidadãos estrangeiros são monitorizados.

O programa secreto, conhecido como PRISM, é "desconhecido" da Apple, Facebook e Google. As três empresas já fizeram saber através dos porta-vozes que não têm conhecimento do programa secreto de recolha de informação e que nunca deram acesso aos dados dos utilizadores.

As tecnológicas fizeram questão de frisar que existem casos onde existe uma partilha de informação de dados confidenciais, mas apenas quando existe um pedido judicial sustentado sobre os internautas considerados suspeitos nalguma prática criminosa.

O SNA ainda não comentou o caso. O diretor da divisão de Inteligência Nacional dos EUA, James Clapper, veio a público dizer que as notícias dos jornais têm várias "imprecisões" e que estão a colocar em risco a segurança dos cidadãos norte-americanos ao revelarem um programa secreto.

As outras empresas envolvidas no caso do PRISM serão a Microsoft - que terá sido o primeiro parceiro da iniciativa -, a Yahoo, a PalTalk, a AOL e o Skype.

Como o TeK tinha noticiado ontem, também a operadora de telecomunicações Verizon teria uma parceria com a Agência Nacional de Segurança dos EUA para partilha de informação de números privados e comerciais de empresas e indivíduos singulares, nacionais ou estrangeiros.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico