A Anacom acaba de revelar os últimos dados estatísticos do acesso à Internet em Portugal, relativos ao último trimestre de 2005. No período o regulador do mercado contabilizou a existência de 1,483 milhões de clientes de acesso Internet, sendo que 1,212 milhões eram assinantes de serviços de banda larga, entre ADSL e Cabo.




Os dados revelam que a grande maioria dos clientes de Internet se ligam agora através de acessos de banda larga, 82 por cento do total de assinantes registados nos ISPs, continuando as ligações ADSL a superar o Cabo, com 698 mil clientes face aos 512 mil, respectivamente.




A taxa de penetração de banda larga em Portugal era no final do ano de 11,5 por cento, numa subida de 3,4 por cento em relação a 2004. Pelas contas da Anacom 6,6 por cento da população tem acesso ADSL e 4,9 por cento acede à Internet por ligações de cabo.

Recorde-se que ainda ontem uma análise da ECTA dava conta de que Portugal está em 11º lugar entre os 15 da Europa, com uma taxa de penetração 10,8%, referente ai terceiro trimestre de 2005 (Ver Notícias Relacionadas).

Banda larga cresce e ADSL afirma-se na área residencial
No total, o número de clientes de banda larga cresceu 43 por cento face aos valores de 2004, numa subida de 7,1 por cento em relação ao terceiro trimestre deste ano. Os serviços ADSL foram reforçados em termos de assinantes, ganhando 71 por cento dos novos clientes angariados nos últimos três meses de 2005.




O relatório da Anacom mostra ainda que dos 1,4 milhões de clientes de Internet, 1,2 eram assinantes residenciais e destes cerca de 1 milhão possuía acesso em banda larga. Foi neste último trimestre que as ligações de ADSL ultrapassaram pela primeira vez o cabo nas casas dos portugueses, embora no total de clientes isso já tivesse acontecido no início do ano.




Como nota importante fica o facto da Anacom contabilizar de forma diferente os clientes de ligações dial-up desde o terceiro trimestre de 2005. A partir dessa data a Anacom passou a publicar apenas os valores de clientes activos no trimestre em análise, o que reduziu de forma dramática os números totais de subscritores destes serviços, muitos deles gratuitos e pagos apenas por utilização.





A Anacom vinha a avisar já há algum tempo para o facto de a análise de assinantes de Internet por dial-up estar distorcida devido à não existência de encargos na subscrição de serviços, o que psosibilitava que um único utilizador se registasse em vários ISPs, duplicando e triplicando a contabilização.




Em termos de quota de clientes, o Grupo PT garantia no final do ano 77 por cento de todos os assinantes de acessos em banda larga, numa descida de 4,2 por cento em relação ao trimestre homólogo. De acordo com a Anacom, a perda de posição deve-se sobretudo à "quebra de quota de clientes de ADSL, segmento no qual a incumbente viu a sua quota descer 7,2 pontos percentuais para 83,9%".



No cabo a quota da PT desceu para 67,8 por cento, numa redução de 4 por cento afce ao período homólogo.





A Anacom acrescenta ainda ao relatório estatístico uma comparação internacionais de preços, realizada em Novembro de 2005, onde revela que os valores praticados em Portugal para a classe dos 2 Mbps não se encontram acima dos níveis médios europeus. Segundo o comunicado do regulador "a maioria das ofertas de 2 Mbps dos operadores alternativos tem preços entre os €18 (s/ IVA) e os €26 (s/IVA), enquanto o operador histórico apresenta ofertas com valores perto dos €29 (s/IVA)".




A opção pela comparação no nível de velocidade de 2 Mbps é justificada com o facto de cerca de 50 por cento dos acessos da oferta grossista da PT serem realizados nesta classe.

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