BBC quer criar a maior biblioteca televisiva digital do mundo

26 ago 2003 14:35

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Antecipando uma nova fase da revolução digital, o grupo britânico BBC está a estudar os conteúdos e plataforma a utilizar no BBC Creative Archive, um novo serviço que pretende reunir décadas de emissões numa biblioteca televisiva disponível na Internet.

A BBC anunciou que pretende tornar públicos os seus arquivos televisivos, através de uma plataforma digital que está a desenvolver e que permitirá aceder a músicas, excertos de séries e shows míticos da estação, através de um sistema de licenças.

O grupo britânico diz ter intenções de criar "a melhor biblioteca digital televisiva do mundo", através deste projecto que baptizou de BBC Creative Archive. Para já, a empresa está a trabalhar na escolha dos conteúdos e do tipo de plataforma a utilizar, garantiu o director-geral do grupo Greg Dyke no MediaGuardian Edinburgh International Television Festival, segundo informações publicadas no próprio site informativo da BBC, assim como noutros meios do Reino Unido.

Sem avançar pormenores sobre a data de disponibilização do serviço, o responsável explicou que apenas a falta de recursos tecnológicos apropriados para a distribuição dos conteúdos fizeram adiar esta decisão, agora tornada possível pelo uso da banda larga.

A BBC explica que terá alguns cuidados na escolha dos conteúdos a disponibilizar, tendo sempre em conta que boa parte dos programas mais emblemáticos da cadeia televisiva já estão disponíveis para venda em DVD ou vídeo e constituem uma importante fonte de receita.

A fórmula utilizada na biblioteca online deverá permitir o download de partes de programas, cujos direitos são detidos pela BBC, bem como das bandas sonoras desses programas, através de um sistema de licenças. A transmissão integral de algumas séries e shows mantém-se reservada à venda em DVD ou vídeo.

Greg Dyke afirmou no mesmo evento que o novo serviço online faz parte do futuro da empresa, uma segunda fase do desenvolvimento da revolução digital que dará mais ênfase aos broadcasters. Estes deverão mover o seu enfoque das considerações comerciais para o "valor público", centrando-se em serviços gratuitos e não pagos, em inclusão e não exclusão, defendeu ainda.