Numa altura em que se anunciam descontos para inaugurar a época comercial de Natal, o número de pessoas que faz compras, utiliza métodos de pagamento e acede às suas contas bancárias online aumenta. Paralelamente aumenta o número de tentativas cibercriminosas.
Entre a Black Friday e a Cyber Monday, o “Grey Saturday” é o dia menos propício a ataques, segundo a Kaspersky Lab. Uma análise recente da empresa revela que, no último ano, houve uma descida de 33% no número de investidas a websites populares de marcas de retalho e de pagamento online (de cerca de 770.000 para 510.000 ataques detetados).
Tradicionalmente distribuídos via email, os ataques de phishing atraem agora os consumidores através de weblinks, banners, redes sociais e muito mais, persuadindo-os a partilhar informações financeiras e fazendo-os crer que estão a lidar com marcas conceituadas e reconhecidas.
O mesmo relatório indica que, após uma diminuição em 2015, o phishing financeiro aumentou de novo em 2016, correspondendo agora a 49.77% de todos os ataques de phishing, acima dos 34.33% registados em 2015.
Um dos principais motivos para este aumento é justificado pela subida para o dobro do número de consumidores que utilizam os dispositivos móveis para efetuar consultas, pagamentos e compras online, de acordo com o Index de Cibersegurança de 2017 da Kaspersky Lab.
Para a analista líder de conteúdo Web da Kaspersky Lab, Nadezhda Demidova, “nesta época do ano, o esforço das marcas a nível de marketing e publicidade dispara e com consumidores cada vez mais a tratarem das suas transações nos telemóveis – provavelmente quando estão fora de casa e com pressa – quase toda a gente está mais exposta e com menos tempo para pensar e verificar”.
De forma a manter a sua proteção enquanto faz compras online, a Kaspersky Lab aconselha a não clicar em nenhum link recebido de fontes desconhecidas ou que pareça suspeito, a não usar redes de Wi-Fi públicas inseguras para realizar pagamentos online uma vez que os hotspots podem ser facilmente hackeados para monitorizar o tráfego do utilizador e roubar informação confidencial, assim como a usar apenas websites com conexões seguras – o endereço deve começar com HTTPS://.
Também não devem ser preenchidos detalhes do cartão de crédito em websites desconhecidos ou suspeitos e, antes de escrever qualquer informação pessoal, deve-se verificar sempre se a página é genuína, uma vez que os websites falsos podem ser muito parecidos com os verdadeiros.
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