O prazo para as escolas validarem as candidaturas de professores terminava ontem, mas Ministério da Educação viu-se obrigado a prolongar o processo mais 24 horas, devido aos problemas de congestionamento da rede informática do ministério.

Ao longo desta semana, foram várias as queixas da direcções escolares devido às constantes dificuldades para entrar na plataforma da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE) e validar as candidaturas dos 55 mil contratados que concorrem ao concurso de professores.

Os problemas levaram boa parte dos estabelecimentos de ensino a optar por utilizar a Internet pessoal para conseguir cumprir o calendário imposto pela tutela, escreve o jornal i.

O congestionamento da rede informática do ministério já tinha levado a Associação de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) a pedir um alargamento do prazo, na semana passada, pedido esse que, na altura, foi recusado.
O ministério acabou agora por voltar atrás na decisão, embora tenha deixado claro que o
processo se encontra praticamente concluído.

"Se as escolas têm de estar todas a funcionar na mesma altura, dentro do mesmo prazo, terá de haver capacidade para responder a essa necessidade", apelou Adalmiro Fonseca, presidente da ANDAEP, que se mostra insatisfeito por se terem investido "milhões" no Plano Tecnológico da Educação, que "não funciona", critica, dando como exemplo a videovigilância instalada em "quase todas as escolas, mas ainda sem funcionar em boa parte dos estabelecimentos de ensino".

De acordo com os dados fornecidos à Lusa, até às 16h30 de ontem as escolas já tinham conseguido validar 52.758 candidaturas de docentes, correspondentes a 96% do total. O concurso em causa destina-se a suprir as chamadas necessidades transitórias nas escolas, ao qual podem concorrer professores que pretendam entrar no sistema ou mudar de escola.