
Entre os 40 sites de crédito que prestam serviços online em Portugal, 14 não cumprem as regras europeias do direito do consumidor, nomeadamente por falta de informação essencial e apresentação enganosa dos custos, mostram os resultados de uma investigação conduzida pela Comissão Europeia.
O "levantamento" conduzido por Bruxelas abrangeu 562 sites em 29 países, identificando irregularidades em 393, ou seja, em 70% dos casos. Com a investigação, a CE quis perceber se estes serviços prestam toda a informação devida aos consumidores nos termos da legislação em vigor.
Em 258 sites (46%) há aquilo que a CE denomina como "omissão de informações na publicidade do crédito ao consumo", ou seja, as campanhas promocionais relativas aos serviços não apresentam, por exemplo, a taxa anual efetiva global (TAEG), indispensável para comparar as ofertas, informação sobre a inclusão de taxas relativas a serviços indiretos obrigatórios, como os seguros, no custo total; ou informação sobre a duração do contrato de crédito.
Já 244 dos serviços analisados (43%) chegam mesmo a omitir informações importantes sobre a oferta, nomeadamente sobre todos os elementos do custo total, por exemplo o tipo de taxa de juro (fixa, variável ou ambas), duração do crédito (se aplicável), etc.
A apresentação enganosa dos custos, com o preço do crédito indicado de forma falsa ou suscetível de induzir em erro os consumidores, foi constatada em 116 sites de crédito ao consumidor (20%).
Os casos agora identificados em cada um dos países abrangidos pela investigação deverão agora ser alvo de procedimentos por parte das autoridades nacionais, refere a CE.
A maioria das irregularidades identificadas em Portugal dizem respeito a bancos, segundo Teresa Moreira, da Direcção-Geral do Consumidor (DGC), citada pela Lusa, salientando que as irregularidades identificadas se prendem, na sua maioria, com falhas de informação na publicidade e falta de indicação do total dos custos do crédito ao consumo.
A responsável adiantou ainda que a DGC vai contactar as instituições identificadas, de modo a que as situações sejam corrigidas, "sob pena de o processo seguir para a justiça". Em todo o caso, garantiu, "as falhas identificadas em Portugal não são particularmente graves".
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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