As autoridades chinesas encerraram 3.100 cibercafés e proibiram temporariamente o funcionamento de mais 11 mil no âmbito de uma acção a nível nacional de controle das condições de segurança deste tipo de estabelecimentos iniciada a 1 de Julho, informou o jornal Beijing Daily, citado pela agência Reuters.
A decisão surge no seguimento de um incêndio verificado num cibercafé em Beijing, que levou à morte de 25 pessoas e representou só nessa cidade o encerramento de 2.400 estabelecimentos legais e ilegais.
A polícia descobriu riscos de segurança em outros 19 mil dos 39 mil cibercafés que inspeccionou até ao final de Julho, de acordo com o vice-ministro para a segurança pública citado por aquele jornal.
Um primeiro conjunto de 30 cibercafés da capital do país já reabriram durante a semana passada, tendo sido para tal aprovados pelas autoridades chinesas, depois de terem efectuado modificações de forma a satisfazerem a nova legislação referente a segurança em caso de incêndios, acesso a sites pornográficos e admissão de menores.
Os cafés aprovados garantiram numa declaração pública que irão impedir a entrada de adolescentes, proibir os frequentadores de fumar e limitar as horas de abertura entre as 8 e as 24 horas. Os estabelecimentos tomaram ainda medidas de prevenção e segurança contra incêndios de forma a deixar as portas e as janelas destrancadas, remover barreiras que bloqueiam as saídas e instalar equipamento de combate a incêndios.
Para além disso, prometeram impedir o acesso à pornografia, jogos de azar e sites relativos a jogos-vídeo violentos. Para assegurar a conformidade com as novas regras e prevenir o ressurgimento de barreiras ilegais, as autoridades criaram uma linha telefónica destinada aos consumidores e um site oficial para o público.
Contudo, segundo o jornal, 11 mil cibercafés ainda não tinham solucionado alguns problemas e, por isso, só vão poder reabrir mais tarde. A polícia deteve dois adolescentes acusados de terem desencadeado o incêndio - um dos piores em Beijing nos últimos 50 anos - devido ao facto da entrada no estabelecimento lhes ter sido negada.
De acordo com a China Internet Association, em Janeiro de 2002, 5,2 milhões ou 15,4 por cento dos 34 milhões de internautas chineses acedem à Internet através de cibercafés.
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