A China vai ser o primeiro país a obrigar os seus cidadãos a fazer um teste de reconhecimento facial antes de fazer um novo contrato com uma operadora de telecomunicações, avança o website Quartz. A medida foi anunciada pelo Ministério da Indústria e das Tecnologias de Comunicação chinês no final de setembro e vai ser posta em prática a partir de 1 de dezembro deste ano.

A entidade governamental chinesa afirmou que a medida tem como objetivo “salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos no ciberespaço” e prevenir situações de fraude. Além de terem de registar a sua identidade digital os chineses estão proibidos de trocar de número de telefone com outras pessoas, sendo encorajados pelo governo a verificar se o seu contacto está, de facto, registado no seu nome.

De acordo com o website Quartz, o novo decreto é uma atualização de uma lei que existe no país desde 2013. Neste sistema imposto pelo governo chinês todos os utilizadores de cartões SIM têm de registá-los obrigatoriamente no seu nome.

A nova regra vem aumentar ainda mais a vigilância do governo de Xi Jinping em relação àquilo que os cidadãos do país fazem online. Com mais de 850 milhões de chineses a aceder à Internet nos seus dispositivos móveis, a obrigatoriedade do reconhecimento facial poderá ser utilizada como uma ferramenta para um controlo social ainda mais extremo.

A decisão é apenas a mais recente aposta do governo chinês na utilização do reconhecimento facial para vigiar os cidadãos do país. Por exemplo, de acordo com o The New York Times, Pequim está a utilizar esta tecnologia para vigiar e reprimir minorias étnicas muçulmanas no país.

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