De acordo com o mais recente relatório da Check Point Research, o número de ciberataques semanais a nível global registou um aumento de 42% na primeira metade do ano, com várias regiões do mundo a experienciarem uma escalada significativa de ameaças.
Entre as tendências que estão a abalar o panorama da cibersegurança, os investigadores destacam a forma como os ciberataques passaram a fazer parte do arsenal de armas estatais, incluindo novas táticas e com a expansão do ransomware como principal ameaça.
Os dados dão a conhecer que, ao longo da primeira metade do ano, foi também possível assistir ao aumento dos resgates exigidos nos ataques perpetrados por atacantes apoiados por Estados-nação para ganhos financeiros e sociais, assim como o crescimento dos ataques na cadeia fornecimento na Cloud.
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Como explica Maya Horowitz, VP Research na Check Point Software, o impacto da guerra na Ucrânia no “espaço cibernético tem sido dramático tanto no âmbito como na escala”. “Assistimos este ano a enormes aumentos dos ataques cibernéticos contra organizações de todos os sectores e de todos os países”.
Olhando para o segundo semestre do ano, os especialistas da Check Point Research preveem que o ransomware se torne num ecossistema muito mais fragmentado.
Nos últimos anos os grupos que levam a cabo este tipo de ataques tornaram-se mais estruturados, operando de forma semelhante a uma empresa. No entanto, depois da queda do grupo que operava o ransomware Conti, os investigadores acreditam que os grupos pequenos-médios vão ganhar cada vez mais ímpeto.
As cadeias de infeção por correio eletrónico podem tornar-se mais diversificadas, com mensagens que incluem diferentes tipos de ficheiros protegidos por palavra-passe para impedir a deteção à medida que os ataques de engenharia social sofisticados aumentam, numa situação relacionada com o bloqueio predefinido de macros online no Microsoft Office.
Uma vez que a guerra entre Rússia e Ucrânia continua, e que as tensões geopolíticas aumentam entre países como os Estados Unidos e a China, os grupos de hacktivistas vão continuar a alinhar ataques com a agenda do seu Estado-nação.
Tendo em conta a quantidade de ataques que visam redes Blockchain, os investigadores preveem que não tardará até que os cibercriminosos direcionem as suas atenções para o Metaverso, com esforços contínuos para tomar controlo de contas, sequestrar criptoativos e para explorar as vulnerabilidades em smart contracts.
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