Em Março quando anunciou o início da recolha de imagens em Lisboa, Porto e Braga, a Google Portugal definiu o final do ano como meta para a publicação das fotos destas cidades através do Google Maps. A meta foi antecipada e a empresa já tem hoje online o Street View para Lisboa e Porto, estando na calha mais uma dezena de cidades cujas fotos serão disponibilizadas de forma gradual.

O Street View está já acessível, enriquecendo o Google Maps, que Paulo Barreto, Country Manager da Google Portugal, designa como o serviço mais português da empresa.

Portugal é o 12º país do mundo a ter cidades retratadas no Street View, que já conta com cerca de 50 cidades dos Estados Unidos, assim como com várias áreas da Austrália, Japão e países europeus, como a Espanha, França, Itália e Reino Unido, entre outros.

Para além das imagens e recolhidas através dos seus carros, a Google junta à informação do Street View conteúdos da Mais Turismo, o único parceiro português que desenvolveu uma aplicação com alguns dos principais pontos turísticos.

Paulo Barreto adianta porém que a empresa está aberta a mais parcerias, e lança o convite às empresas portuguesas que tenham conteúdos relevantes para se ligarem ao serviço, utilizando a API e publicando a informação de forma gratuita.

O serviço é acessível via browser no computador, mas também em telemóveis, através de terminais Blackberry ou com sistema Android, sendo compatível também com alguns equipamentos com Java, mas ainda não de forma generalizada.


Privacidade em questão

A privacidade é uma das questões mais delicadas que a Google enfrenta com este serviço. O Street View já foi contestado em diversos países, pelo que a empresa tomou várias precauções, entras as quais o estabelecimento de “uma relação estreita desde o início” com a Comissão Nacional de Protecção de Dados, garantiu Inês Gonçalves.

“A privacidade é uma prioridade. […] Temos várias vertentes, desde a proactiva à reactiva”, explica a responsável de marketing da Google Portugal, que adianta que as fotografias são captadas apenas em espaços públicos – embora possam também conter imagens de espaços privados – sendo depois aplicado um sistema de desfocagem dos rostos das pessoas e das matriculas dos carros.

Os utilizadores podem ainda solicitar a remoção de uma imagem se considerarem que o conteúdo é inapropriado ou viola a sua privacidade, preenchendo um formulário disponibilizado no site para esse fim. Inês Gonçalves garante porém que a experiência nos outros países de pedidos de remoção é “ridiculamente baixo” e que em geral a reacção das pessoas é muito positiva ao serviço.

A empresa tem também online um conjunto de informação para os utilizadores que queiram saber mais sobre esta questão.