
Um site chamado DOGEQUEST publicou um mapa com nomes, moradas, números de telefone e endereços de email de donos de automóveis da Tesla nos Estados Unidos.
Entre as informações partilhadas estavam também moradas de concessionários da Tesla, localizações de estações de carregamento e informação pessoal de funcionários do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), liderado por Elon Musk, que é também CEO da Tesla.
A plataforma chamou rapidamente a atenção dos internautas, mas também de Elon Musk. “Encorajar à destruição de Teslas por todo o país é terrorismo doméstico extremo”, afirmou na rede social X.
À medida que o site foi partilhado nas redes sociais e que várias notícias davam conta da sua existência, a plataforma deixou de estar disponível na quarta-feira, avança o USA Today News.
De acordo com o site 404media, algumas das pessoas que surgiam na lista partilhada pelo DOGEQUEST eram donas de um Tesla e as moradas de vários concessionários estavam corretas, mas não é claro se toda a informação era factual.
À NBC News, vários donos de Teslas confirmaram que alguma da informação presente no site estava correta, embora outros afirmassem que dados como os números de telefone e moradas já estavam desatualizados.
O site surge numa altura em que os protestos contra a Tesla começaram a subir de tom. Nos Estados Unidos, várias pessoas estão a participar em “Tesla Takedowns”, isto é, manifestações contra a empresa de Elon Musk. Por todo o país, automóveis da marca, assim como concessionários e estações de carregamento foram vandalizadas.
Recorde-se que, na Europa, as vendas de veículos da Tesla caíram 50,3% em janeiro, indicaram dados publicados pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).
Segundo os dados, a empresa de Elon Musk vendeu 7.517 unidades no primeiro mês de 2025. Por comparação, em janeiro de 2024, a empresa tinha vendido 15.130 veículos.
A quebra nas vendas coincidiu com um momento em que Elon Musk interferiu na política interna europeia, apoiando, entre outros, o partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD), que viria a ficar em segundo lugar nas eleições legislativas na Alemanha.
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