Os analistas já há muito tinham transmitido a noção de que o cibercrime é cada vez mais orientado por objectivos económicos e que os pacotes "prontos a utilizar" de malware são vendidos como software de produtividade, em sites da economia paralela da Internet. Um novo estudo da Symantec vem novamente provar todas estas tendências, mostrando que num ano o mercado negro de informação movimentou mais de 276 milhões de dólares.
A empresa de segurança monitorizou durante um ano a actividade cibercriminosa em várias plataformas Internet, acompanhando a venda de mais de 44 mil amostras de informação sensível comercializada em servidores usados por crackers.
O relatório hoje divulgado dá conta da actividade observada e de alguns dos casos de venda de informação privada mais "lucrativos".
Neste mercado a informação de cartões de crédito está no topo da procura e dos "produtos" mais vendidos, seguindo-se informação de contas bancárias e para spam e phishing. Os preços de venda variam conforme a importância da informação e podem ir de apenas 10 a 3 mil dólares para o alojamento de uma fraude de phishing ou exploração de uma vulnerabilidade num site bancário.
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De acordo com o relatório, entre Junho de 2007 e Julho de 2008 foram movimentados neste mercado paralelo "produtos" no valor de 276 milhões de dólares, mas este número não corresponde à totalidade das actividades do submundo do cibercrime, já que há outros "negócios" não observados.
A Symantec estima ainda que a execução do malware e uso da informação comprada nestes mercados poderá dar lugar a fraudes que podem ultrapassar os 7 mil milhões de dólares.
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