A EMI vai colocar parte dos conteúdos de música dos artistas que representa ao dispor dos programadores para que estes criem aplicações de media digital que tirem partido de conteúdos como temas, vídeos, fotos ou artwork, por exemplo.

A novidade foi comunicada pela EMI e pela Echo Nest, a quem a editora se juntou para o projeto. A empresa é responsável por uma plataforma tecnológica que dá suporte a sem número de aplicações de música, com clientes que vão desde as grandes empresas de media aos programadores independentes.

A iniciativa visa promover a criação de aplicações de música, libertando os programadores da necessidade de passar por complexos processos de licenciamento, que acabam por dificultar o acesso à "matéria-prima" que poderia levar ao surgimento de novas propostas neste campo.

Para isso, foi criada uma sandbox que disponibiliza briefs criativos e a possibilidade de acederem a cerca de 12.000 canções. Destes temas, apenas 2 mil pertencem ao catálogo principal da EMI, mas entre os disponíveis estarão conteúdos de artistas como os Gorillaz, Pet Shop Boys, Simple Minds ou The Verve, entre outros.

A utilização destes temas implica o pagamento à editora de 60% das receitas geradas. Os restantes 40% serão divididos entre o programador da aplicação e a Echo Nest, que, embora não tenha mencionado números, adiantou que a maior parte da percentagem deverá caber aos programadores.

A decisão da EMI é importante na medida em que se trata de uma das maiores editoras discográficas do mundo e, segundo a Echo Nest, a colaboração permite criar uma das mais extensas coleções de música licenciada acessível desta forma e dá aos programadores um espaço para criarem bons produtos digitais para os artistas que assinam com a editora - responsável por um portefólio de conteúdos cujo acesso por terceiros não costuma ser fácil.

A parceria anunciada enquadra-se na nova iniciativa OpenEMI, que visa promover a inovação na área digital e facilitar o processo de licenciamento de novas aplicações, tornando-o mais flexível e adaptado à realidade dos programadores. A ideia é que os produtos sejam colocados diretamente no mercado, sem necessidade de procedimentos tão complexos como exigidos até à data.

Nota da Redação:Foi corrigida uma abreviatura indevida na notícia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico