Um estudo recente revela que dois terços das divisões de recursos humanos das empresas contactadas admitem já ter encontrado conteúdos pornográficos nos computadores dos seus empregados. Cerca de 43 por cento admitem mesmo que já encontraram este tipo de material mais do que uma vez.



Segundo a Business & Legal Reports (uma publicação detida pela Câmara de Comércio de Connecticut - Old Saybrook), esta situação coloca um dilema aos empregadores, divididos entre a obrigação de proteger a privacidade dos seus empregados e o dever de monitorizar os conteúdos dos seus computadores.



Neste contexto, o estudo conclui que uma das primeiras medidas a levar a cabo pelos empregadores é reduzir a expectativas de privacidade dos seus empregados, nomeadamente ao nível do uso de computadores da empresa. Desta forma, os empregadores estão mais protegidos de eventuais processos por quebra de direitos de privacidade, da parte dos seus empregados.



Com o mesmo objectivo a pesquisa considera que as empresas deverão deixar claro que o email e acesso à Internet usado na empresa são propriedade da mesma, pelo que o uso da Internet deverá cingir-se a fins profissionais. O mesmo tipo de medidas é sugerido em Portugal pela Comissão de Protecção de Dados, que afirma que as regras claras são a melhor abordagem, mas aconselha as empresas a adoptar medidas que permitam a navegação na Internet e uso de email a nível pessoal.


O inquérito que serviu de base à realização do estudo publicado no Business & Legal Reports foi realizado junto de 474 pessoas através dos websites das duas empresas.



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