Em 2010 as técnicas de engenharia social vão continuar a ganhar destaque nas preocupações das empresas de segurança e tendem a tornar-se cada vez mais centrais nas ameaças que visam quem usa a Internet. Cada vez mais sofisticadas estas técnicas tiram partido da curiosidade, do desconhecimento do utilizador e de uma capacidade crescente de quem prepara ataques recorrendo a este tipo de esquema, para apurar os alvos a atingir. Seja por país (usando a língua local), focando interesses específicos de grupos profissionais ou outros. Em algumas partes da Europa o spam localizado poderá atingir no próximo ano um crescimento de cerca de 50 por cento.

Os dados são da Symantec que num encontro com a imprensa revelou esta tarde um conjunto de outras questões que tendem a ganhar relevo no próximo ano como ameaças à segurança. Entre elas, a oferta de software fraudulento - que consigo transporta ameaças de segurança ou que é vendido como produto pago, mas está disponível gratuitamente pelos fabricantes legítimos -, o malware especializado (em 2009 foi detectado por exemplo na área dos ATM, em 2010 pode ganhar força em outras áreas como os sistemas de voto electrónico, político ou ligado ao entretenimento).

Como seria de prever também o Windows 7 se deverá afirmar como alvo preferencial dos esquemas que tentam violar a segurança de máquinas e sistemas, mas não só. Timóteo Menezes, responsável pela área de segurança da Symantec em Portugal, sublinha a tendência para um crescimento das ameaças visando outros sistemas operativos, para PCs e móveis, motivado por uma distribuição de quotas de mercado que começa a repartir-se mais entre as várias opções. O destaque da empresa vai para os sistemas Mac e para os smartphones.

A popularidade das redes sociais já faz delas um alvo interessante para quem ameaça a segurança informática, mais uma tendência que tende a intensificar-se em 2010. À medida que os gestores destas redes aumentarão o nível de segurança das plataformas, as ameaças tenderão a mover-se cada vez mais para as aplicações que, dentro delas, os subscritores podem utilizar.

Muito utilizados no âmbito das redes sociais, mas não só, os serviços de redução de URL são na visão da Symantec "o melhor amigo do phishing", já que permitem dissimular moradas e levar os utilizadores para páginas que não as pretendidas e que podem esconder vários tipos de ameaças.

Na lista das ameaças que mais marcaram 2009 a empresa coloca as redes bot, o software fraudulento, o spam com malware, os ataques a redes sociais, o aproveitamento de temas da actualidade como a gripe ou outros para lançar ataques, ou o aumento dos níveis de spam, entre outros.