Afinal a utilização intensiva da Internet e das redes sociais não eleva os níveis de stress, podendo até diminuí-los. Foi esta a conclusão a que chegou uma equipa de investigadores norte-americanos, que refere que as mulheres que utilizam o Twitter e o email diariamente são mais calmas do que quem não faz uso desses serviços.



Os alertas de muitos psicólogos em relação à dependência das redes sociais e os níveis de stress poderão deixar de fazer sentido. Um estudo conduzido no Centro Pew Research, que teve como base as respostas de 1.801 norte-americanos, concluiu que “não há nenhuma evidência de níveis de stress mais elevados nos utilizadores de redes sociais do que as pessoas que utilizem menos ou não as utilizem de todo”, segundo revelou o autor do estudo, Keith Hampton, em comunicado.



As respostas recolhidas permitiram construir uma “escala de níveis de stress” com 30 níveis para comparar os resultados de ambos os sexos. Os homens registaram valores médios de 9,8, enquanto as mulheres, aparentemente mais nervosas, apresentaram resultados na ordem dos 10,5.



Já no que toca à utilização das redes socias, não houve grandes diferenças nas respostas do sexo masculino por parte de quem as utiliza ou não, mas o caso é diferente para as mulheres: quem utiliza frequentemente o Twitter, envia ou recebe 25 emails e partilha duas fotos diariamente apresentou níveis de stress até 21% mais baixos.



Keith Hampton explica que estes números podem estar relacionados com o facto de os dispositivos eletrónicos “oferecerem às mulheres um mecanismo mais simples para lidar com certo tipo de situações com que os homens não têm de lidar”.



Apesar de estas serem notícias positivas para quem está constantemente online, importa referir que o mesmo estudo aponta valores não tão agradáveis em relação ao Facebook. As utilizadoras mais ativas têm um conhecimento 13% superior de acontecimentos dos seus entes mais próximos relacionados com o stress, como o desemprego ou a morte de um familiar, o que as poderá afetar diretamente. Essa percentagem nos homens desce para os 8%.



Este estudo foi conduzido entre 7 de agosto e 16 de setembro e tem uma margem de erro entre 2,6 e 3,3%.


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