"A operação Cumberland foi um dos primeiros casos que envolveu conteúdos de pornografia infantil gerados por Inteligência Artificial, o que torna a tarefa dos investigadores particularmente difícil devido à falta de legislação relativa a estes crimes", afirmou a agência europeia de polícia (Europol), com sede em Haia, Países Baixos.

A maior parte das detenções foi efetuada na quarta-feira, no âmbito de uma operação mundial liderada pela polícia dinamarquesa e que envolveu também forças policiais de 18 outros países.

De acordo com o portal da Europol participaram na operação as forças policiais da Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Polónia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.

O comunicado da Europol indica que além das detenções foram identificados 273 suspeitos e que foram efetuadas 33 buscas a residências particulares em vários pontos do mundo.

Esta operação segue-se à detenção, em novembro do ano passado, do principal suspeito da investigação, um cidadão dinamarquês que geria uma plataforma digital na qual distribuía os conteúdos gerados por Inteligência Artificial.

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"Após um pagamento, os utilizadores da internet em todo o mundo podiam obter uma palavra-passe para aceder à plataforma e assistir ao abuso de crianças", afirmou a Europol.

"A exploração sexual de crianças (através de imagens vendidas na internet) continua a ser uma das manifestações mais ameaçadoras da cibercriminalidade na União Europeia", sublinhou a Europol.

A agência europeia sublinhou que este tipo de crime é uma prioridade das autoridades que enfrentam um volume "cada vez maior de conteúdos ilegais" difundidos na internet.