O número de subscritores de DSL (digital subscriber line) e de acesso à
Internet por cabo ultrapassou a marca dos 2 milhões no fim do passado mês de
Outubro no Japão, segundo dados apresentados recentemente pelo ministro
japonês da administração pública, administração interna, correios e
telecomunicações. Isto significa que o número de subscritores triplicou em
dez meses desde o fim de 2000.
O "momento" não deverá ficar por aqui pelo menos nos próximos
tempos. Segundo um estudo do Nomura Research Institute (NRI), no fim de Março deste ano o
número já rondará os 3,5 milhões, e passados dois anos, em Março de 2004, já
terá ultrapassado os 10 milhões. Naturalmente, a percentagem de utilizadores
com acesso em banda larga irá continuar a aumentar.
Tal crescimento do número de clientes de banda larga tornar-se
evidente à medida que as tendências de acesso a certos sites vai mudando.
Por exemplo, segundo uma empresa fornecedora de serviços de armazenamento
online, citada pelo portal de informação
cujo nome não é revelado, "embora não tenha sido efectuada uma pesquisa
detalhada, não existem dúvidas que a velocidade de acesso entre os
utilizadores no geral é cada vez maior".
Uma outra empresa que oferece serviços de download de
software comercial, refere que a percentagem de utilizadores de banda larga
subiu 10 pontos nos últimos cinco meses. A empresa explica esta sua
percepção afirmando que o número de sessões simultâneas a todo o site está a
aumentar.
Os circuitos domésticos de acesso à Internet costumavam a ser
telefónicos ou RDIS na maioria dos casos. Quando se utilizava a Internet, a
área problemática permanecia então no circuito de acesso e por isso era
prática corrente evitar a concepção de páginas muito pesadas quando se
construia um site, com receio de que as pessoas mudassem para outro endereço
se as coisas demorassem muito tempo a carregar.
Contudo, com o ADSL em alguns casos os utilizadores podem atingir
velocidades de acesso entre os 2 e 3Mbps. Para esses, o problema passa então
da forma de acesso para o ISP (Internet service provider) ou para o sítio
onde o site é carregado, o servidor do site.
Além disso, uma vez que a maioria dos circuitos de acesso de banda
larga adoptam um sistema de carga fixa, poderá haver mudanças no tempo de
acesso total e horas de acesso dos utilizadores. Há uma grande possibilidade
de que o tráfego proporcionado pelos utilizadores da banda larga afecte não
apenas os ISPs, mas também, ao mesmo tempo, as empresas responsáveis pelos
sites.
Algumas firmas japonesas viram-se obrigadas a renovar os seus sites
em Outubro passado, isto depois de terem recebido queixas por parte dos seus
visitantes lamentando-se da lentidão dos servidores. A empresa de serviços
de download acima citada, antes da reformulação do site, fez os seus
cálculos baseando-se na velocidade efectiva por utilizador de 100Kbps.
Acreditava que, no que diz respeito à qualidade do serviço, tal velocidade
era satisfatória.
Contudo os utilizadores com circuitos de acesso de alta velocidade
podem sentir as diferenças entre a velocidade efectiva em cada servidor e
compará-las. A empresa acabou por concluir que a melhoria da velocidade
efectiva é inevitável para um serviço de armazenamento online, onde a
realização de uploads e downloads de ficheiros é continuamente
repetida. A companhia acelerou os circuitos ligados ao site, substituiu o
interface dos firewalls e dos servidores de armazenamento de
ficheiros com modelos de alta velocidade e mudou a velocidade efectiva
básica por utilizador para 500Kbps.
Comparativamente ao método convencional, as melhorias na velocidade
de acesso encurtam a duração entre o tempo de pedido de um ficheiro ao
servidor Web e a conclusão do download. Por isso os utilizadores
poderão aumentar os pedidos de acesso ao servidor, sobrecarregando a base de
dados. Por outras palavras, dependendo da forma como os utilizadores mudarem
o seu comportamento quando estiverem no site devido à alteração de ambiente,
as questões ou áreas problemáticas também irão mudar.
No artigo que publicado, o AsiaBizTech salienta que os problemas
mencionados apresentam-se na sua maioria apenas às empresas que fornecem
serviços comerciais de tráfego mais pesado, como no caso dos exemplos
enunciados. Mas de qualquer modo, à medida que a percentagem de
utilizadores com acesso em banda larga continuar a aumentar, é natural que
os sites em geral também se sintam preocupados.
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