O Facebook decidiu ensinar e chamar a atenção dos empregados para os perigos dos ataques online da "pior" maneira: atacando os próprios funcionários. A rede social desenvolveu inclusive um worm que espalhou na rede para ver como os trabalhadores correspondiam à situação.

A iniciativa aconteceu ao longo do mês de outubro e ficou conhecida como Hacktober. Pelo segundo ano consecutivo o Facebook decidiu simular durante um mês um conjunto de ataques e de situações que podem aparecer aos funcionários nas suas atividades do dia a dia, para ver como reagiam.

As ameaças podiam aparecer em forma de conteúdos divulgados na rede social ou através do email da empresa. Caso os trabalhadores conseguissem identificar e reportar a situação "errada" à secção responsável do Facebook, recebiam como prémio t-shirts, autocolantes e outras lembranças relativa ao Hacktober. Aqueles que não fossem capazes de identificar as falhas de cibersegurança, seguiam para "salas de treino" onde eram instruídos a combater mais pro-ativamente os perigos digitais.

Os ataques e as ameaças foram todas concebidas pela equipa de engenheiros da rede social, pelo que nunca houve perigo real nas situações experienciadas. Cada "ataque" era seguido de uma explicação sobre a ameaça e sobre os procedimentos a ter em conta. O ponto alto do hacking aconteceu quando um worm desenvolvido pela equipa de segurança se espalhou pela rede social, na tentativa de mostrar como e quão rápido este tipo de ameaças pode evoluir na plataforma social.

A iniciativa coincidiu com o mês dedicado pelos norte-americanos à consciencialização nacional sobre a cibersegurança.

"É fácil apelar à consciencialização sobre a cibersegurança como se fosse uma ida ao dentista, por isso quisemos fazer algo que tivesse impacto e que não envolvesse a equipa de segurança a fazer palestras com dicas para os restantes trabalhadores", explicou ao Mashable Ryan McGeehan, chefe da equipa de segurança online do Facebook.


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