O FBI alerta para um novo fenómeno com fraudes online que está a afetar os Estados Unidos. Concebidos para atacar pessoas mais idosas, mas também com menos competências de literacia digital, os esquemas “phantom hacker” resultam em perdas avultadas para as vítimas.

A agência do governo norte-americano explica que as burlas são uma evolução das fraudes de apoio técnico. Os cibercriminosos fazem-se passar por serviços de apoio técnico ou por funcionários de instituições financeiras e do Governo para ganhar a confiança das vítimas e encontrar aquelas que são mais “lucrativas” de burlar.

FBI | Fraudes Phantom Hacker
Como funcionam as fraudes "Phantom Hacker"? créditos: FBI

As vítimas começam por ser contactadas por um suposto serviço de apoio técnico, por telefone ou por email, que lhes indica que precisam de instalar um programa específico no computador, que dá aos hackers acesso remoto aos equipamentos.

Os burlões alegam depois que o computador está em risco de ser hackeado e pedem às vítimas que lhes deem acesso à conta bancária para “verificar” se existem mudanças fora do comum.

Se a conta for apelativa, os cibercriminosos avançam para a próxima fase, onde se fazem passar por um funcionário de um banco. As vítimas são depois instruídas a passarem todo o dinheiro para uma outra conta por motivos de segurança. Para tornar o esquema mais “legítimo”, os hackers fazem-se também passar por funcionários do governo, reforçando os pedidos feitos nas fases anteriores.

De acordo com o FBI, muitas vítimas, convencidas pelos burlões de que estão a proteger as suas poupanças, acabam por perder todo o dinheiro. Só entre janeiro e junho deste ano, o Internet Crime Complaint Center do FBI recebeu 19.000 queixas relacionadas com fraudes deste tipo, com prejuízos na ordem dos 542 milhões de dólares. Quase 50% das vítimas destas fraudes tinham mais de 60 anos.

Para não cair nestes esquemas, o FBI recomenda que não clique em pop-ups, links enviados por mensagens e anexos de emails que pareçam suspeitos. Os números de telefone incluídos nestes pop-ups, mensagens ou links não devem ser contactados.

Não deve descarregar software a pedido de pessoas que não conhece e muito menos dar-lhes acesso remoto ao seu computador. A agência lembra também que o Governo dos EUA não pede para que lhe seja enviado dinheiro através de transferência bancária para contas estrangeiras, criptomoedas ou cartões pré-pagos.

Clique nas imagens para ver como reforçar a segurança online